Dessecação de Soja para Colheita: O Guia Completo para Fazer Certo
A dessecação de soja para colheita consiste em aplicar um herbicida, geralmente de contato, quando a semente atinge o ponto de maturação.
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O manejo pré-colheita refere-se ao conjunto de práticas agronômicas estratégicas realizadas nos estágios finais do ciclo de uma cultura, visando preparar a lavoura para a operação de colheita mecanizada. No contexto do agronegócio brasileiro, onde a eficiência operacional e o cumprimento de janelas de plantio são cruciais, a técnica mais difundida dentro deste manejo é a dessecação química. Este processo envolve a aplicação de herbicidas específicos quando a planta atinge sua maturidade fisiológica, com o objetivo de acelerar e uniformizar a perda de água dos tecidos vegetais.
A importância prática deste manejo reside na mitigação de problemas causados pela maturação desuniforme, que pode ocorrer devido a fatores climáticos, variabilidade do solo ou genética da cultivar. Sem a intervenção pré-colheita, a presença de hastes verdes, folhas úmidas e plantas daninhas no momento da colheita pode comprometer severamente o desempenho das máquinas, causando “embuchamentos”, aumentando o consumo de combustível e elevando o teor de impurezas e umidade nos grãos. Além disso, ao antecipar a retirada da cultura do campo, o produtor consegue proteger a qualidade do produto final contra intempéries e liberar a área mais cedo para o plantio da segunda safra (safrinha), otimizando o uso da terra.
Uniformização da Maturação: Homogeneíza o teor de umidade das plantas no talhão, eliminando a disparidade entre áreas que amadurecem em ritmos diferentes e facilitando a regulagem das colheitadeiras.
Antecipação da Colheita: Permite adiantar a entrada das máquinas na lavoura em alguns dias, o que é fundamental para o planejamento logístico e para o plantio da cultura sucessora dentro da janela ideal.
Controle de Plantas Daninhas: Atua na eliminação de infestantes que sobreviveram aos manejos anteriores ou germinaram tardiamente, garantindo uma colheita mais limpa e reduzindo o banco de sementes para a próxima safra.
Melhoria na Qualidade do Grão: Reduz o tempo de exposição dos grãos maduros às adversidades climáticas (chuvas e oscilações de temperatura) e ao ataque de pragas e fungos de final de ciclo.
Redução de Impurezas: Ao secar a massa verde (folhas e pecíolos), diminui-se a quantidade de material estranho que entra no tanque graneleiro, reduzindo descontos por impureza e umidade na comercialização.
O momento da aplicação é o fator mais crítico: deve ser realizada apenas após a maturidade fisiológica (na soja, estádio R7), quando o grão cessa o acúmulo de matéria seca e se desconecta vascularmente da planta.
A aplicação precoce (antes do ponto fisiológico ideal) interrompe o enchimento de grãos, resultando em sementes menores, menor peso específico e perdas diretas de produtividade que podem ser significativas.
O indicador visual recomendado para a soja é o estádio R7.2, caracterizado quando aproximadamente 70% das vagens da lavoura já apresentam coloração marrom ou bronzeada.
É imprescindível respeitar o intervalo de segurança (período de carência) do herbicida escolhido, garantindo que não haja resíduos químicos nos grãos acima dos limites permitidos para consumo humano ou animal.
A dessecação não aumenta a produtividade da lavoura; ela é uma ferramenta de preservação de qualidade e eficiência operacional. Se mal executada, torna-se um fator de prejuízo.
O manejo auxilia no controle fitossanitário ao eliminar a “ponte verde”, interrompendo o ciclo de doenças e pragas que poderiam migrar para a cultura subsequente ou comprometer a qualidade sanitária da semente.
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