O que é Manutencao Corretiva

A Manutenção Corretiva é a intervenção técnica realizada em máquinas, implementos ou equipamentos agrícolas imediatamente após a ocorrência de uma falha, avaria ou quebra que impeça seu funcionamento normal ou seguro. Diferente das estratégias preventivas ou preditivas, ela possui natureza reativa, ou seja, a ação de reparo só é iniciada quando o equipamento já parou de operar ou apresenta desempenho insatisfatório. No cotidiano das fazendas brasileiras, é a modalidade popularmente associada ao conceito de “consertar apenas quando quebra”, sendo a forma mais básica e antiga de gestão de ativos.

Embora seja inevitável em certas situações, depender majoritariamente da manutenção corretiva é considerado um erro estratégico na gestão moderna do agronegócio. Isso ocorre porque ela é consistentemente a modalidade mais onerosa. O custo elevado não advém apenas da compra de peças em caráter de urgência ou da mão de obra emergencial, mas principalmente do “custo de oportunidade”. Quando uma máquina crítica, como uma plantadeira ou colheitadeira, sofre uma parada inesperada durante uma janela curta de operação, as perdas agronômicas e financeiras decorrentes do atraso no cronograma da safra costumam ser muito superiores ao valor do conserto mecânico.

Apesar de seus riscos, a manutenção corretiva ainda faz parte da realidade do campo. Ela pode ser classificada como “não planejada” (a quebra de emergência, que gera caos operacional) ou, em casos específicos, “planejada” (quando o gestor decide deliberadamente utilizar um componente não crítico até o fim de sua vida útil, sabendo que sua falha não paralisará a produção principal). Contudo, para o maquinário pesado e essencial, o objetivo da gestão eficiente é sempre reduzir a incidência da corretiva ao mínimo possível, priorizando a prevenção para garantir a disponibilidade mecânica da frota.

Principais Características

  • Natureza Reativa: A ação de manutenção ocorre exclusivamente como resposta a um evento de falha já consolidado, sem agendamento prévio.

  • Paradas Não Programadas: Provoca a interrupção imediata da operação agrícola, muitas vezes no meio do talhão, desorganizando a logística de trabalho.

  • Custo Elevado: Envolve gastos superiores devido à urgência na aquisição de peças, fretes expressos e horas extras de mecânicos, além do prejuízo pela máquina parada.

  • Efeito Dominó: Uma falha corretiva em um componente (como uma correia ou rolamento) pode causar danos colaterais severos em outras partes do sistema (como o motor ou transmissão).

  • Imprevisibilidade: Não permite que o gestor da frota saiba quando o recurso estará indisponível, dificultando o planejamento das atividades de campo.

Importante Saber

  • Custo de Oportunidade: O maior prejuízo da manutenção corretiva é o lucro cessante. Uma colheitadeira parada por dois dias na soja pronta para colher pode significar perdas irreversíveis em qualidade e volume de grãos.

  • Segurança do Operador: Falhas repentinas, como quebras de eixos ou estouros de mangueiras hidráulicas, podem colocar em risco a integridade física do operador e de terceiros próximos.

  • Gestão de Estoque: É difícil manter um estoque de peças eficiente baseando-se apenas na corretiva, pois não se sabe qual componente falhará, levando ou a estoques excessivos ou à falta de peças críticas.

  • Vida Útil do Equipamento: Máquinas submetidas constantemente a reparos corretivos tendem a ter sua vida útil reduzida e perdem valor de revenda mais rapidamente do que aquelas com histórico preventivo.

  • Diagnóstico Complexo: Como a falha já ocorreu, muitas vezes o diagnóstico precisa ser feito sob pressão de tempo, o que pode levar a erros na identificação da causa raiz do problema.

  • Diferenciação Necessária: Não confunda manutenção corretiva com ajustes operacionais. A corretiva envolve a restauração de uma função perdida devido a uma avaria, exigindo substituição ou reparo físico de componentes.

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