GPS Agrícola: O Guia Completo para Escolher o Melhor para Sua Fazenda
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O Mapeamento de Produtividade é uma técnica fundamental dentro da Agricultura de Precisão (AP) que consiste no registro georreferenciado da quantidade colhida em cada ponto específico de um talhão. Diferente da média geral de produtividade, que fornece um número único para toda a área (como sacas por hectare), o mapeamento gera uma representação visual detalhada, permitindo identificar a variabilidade espacial da lavoura. Essa tecnologia utiliza sensores instalados na colhedora, conectados a um receptor GPS, para coletar dados de fluxo de massa e umidade dos grãos em tempo real durante a operação de colheita.
No contexto do agronegócio brasileiro, onde as propriedades costumam ter grandes extensões e heterogeneidade de solo, o mapa de produtividade atua como um “raio-X” do desempenho da safra. Ele é considerado o ponto de partida e, simultaneamente, o relatório final do ciclo produtivo. Ao analisar esses mapas, o produtor e o agrônomo conseguem visualizar claramente as zonas de alta, média e baixa produtividade, compreendendo que o talhão não é uniforme. Isso muda a lógica de gerenciamento da fazenda, saindo do tratamento pela média para o tratamento localizado.
A importância prática dessa ferramenta reside na sua capacidade de orientar investigações agronômicas e tomadas de decisão futuras. Se uma mancha no mapa indica baixa produtividade, ela serve como um alerta para investigar as causas raízes naquele local específico, que podem variar desde compactação do solo e deficiência nutricional até ataques de pragas ou falhas no sistema de irrigação. Portanto, o mapeamento não apenas mensura o lucro, mas aponta onde estão ocorrendo as perdas invisíveis na média geral, possibilitando estratégias de correção mais assertivas e econômicas para as próximas safras.
Coleta de Dados Automatizada: Utiliza sensores de fluxo de massa (para medir a quantidade de grãos) e sensores de umidade instalados na colhedora, operando simultaneamente à colheita.
Georreferenciamento Preciso: Depende intrinsecamente de um sistema GPS de qualidade para vincular cada dado de colheita a uma coordenada geográfica exata no campo.
Visualização por Cores: Os dados são processados em softwares específicos que geram mapas coloridos (geralmente do vermelho para o verde), facilitando a interpretação visual das zonas de desempenho.
Identificação de Variabilidade: Permite a segregação da lavoura em zonas de manejo, destacando áreas que respondem de forma diferente aos insumos e tratos culturais.
Base para Taxa Variável: É a principal camada de informação utilizada para criar prescrições de aplicação de insumos (como calcário e fertilizantes) em taxa variável nas safras subsequentes.
Calibração é Crucial: Para que o mapa seja confiável, os sensores da colhedora devem ser calibrados periodicamente durante a colheita; falhas na calibração geram dados imprecisos que podem levar a decisões agronômicas erradas.
Necessidade de Limpeza de Dados: Os dados brutos saídos da máquina frequentemente contêm erros (pontos fora da curva, manobras de cabeceira, paradas); é essencial realizar o pós-processamento e filtragem dessas informações em software especializado.
Análise Histórica: Um único mapa de produtividade pode sofrer influência de fatores climáticos pontuais daquele ano. O ideal é analisar um histórico de mapas de várias safras para identificar zonas de estabilidade produtiva.
Diagnóstico vs. Sintoma: O mapa de produtividade mostra o “sintoma” (onde produziu menos), mas não a “doença”. Ele deve ser cruzado com mapas de solo, compactação e histórico de pragas para determinar a causa real do problema.
Correlação com Outras Variáveis: A interpretação correta exige correlacionar a produtividade com a topografia, textura do solo e mapas de aplicação anterior, exigindo conhecimento técnico para transformar o mapa colorido em estratégia agronômica.
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