Glifosato: 7 Formas de Usar + Como Controlar Plantas Daninhas [Guia 2025]
Descubra como usar glifosato corretamente e aumentar a eficiência no controle de plantas daninhas. Dosagem, aplicação, resistência e 7 técnicas práticas para...
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O mecanismo de ação de herbicidas refere-se ao processo bioquímico ou fisiológico específico pelo qual uma molécula química interrompe o crescimento ou causa a morte de uma planta. Em termos técnicos, trata-se do “alvo” primário que o ingrediente ativo atinge dentro do metabolismo vegetal, como a inibição de uma enzima vital, a interrupção da fotossíntese, o bloqueio da síntese de ácidos graxos (como no caso de novas moléculas inibidoras de FAT) ou a interferência na produção de aminoácidos essenciais (como ocorre com inibidores da EPSPs). Compreender esse conceito vai além de saber o nome comercial do produto; é entender a biologia por trás do controle químico.
No cenário agrícola brasileiro, caracterizado por grandes extensões de monoculturas e uso intensivo do solo, o conhecimento sobre os mecanismos de ação tornou-se uma ferramenta indispensável para a sustentabilidade econômica da lavoura. A utilização repetitiva de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação exerce uma alta pressão de seleção sobre a flora infestante. Isso favorece a sobrevivência e multiplicação de biótipos resistentes, que deixam de responder às aplicações convencionais, exigindo doses maiores ou misturas mais complexas e onerosas para serem controlados.
Portanto, o mecanismo de ação é o critério fundamental para o planejamento da rotação de herbicidas. Para o agrônomo e o produtor rural, dominar essa classificação permite desenhar estratégias de manejo que protegem as tecnologias existentes, retardam a evolução da resistência e garantem a eficácia do controle de plantas daninhas, sejam elas gramíneas ou folhas largas, em sistemas de pré ou pós-emergência.
Sítio de Ação Específico: Cada mecanismo atua em um ponto determinado do metabolismo da planta, geralmente inibindo uma enzima específica (ex: ALS, ACCase, EPSPs) ou desestruturando membranas celulares.
Mobilidade e Translocação: O mecanismo define se o produto é sistêmico (move-se pelo xilema e floema atingindo raízes e meristemas) ou de contato (age apenas no local onde a gota atinge a folha), influenciando diretamente a tecnologia de aplicação necessária.
Classificação Padronizada (HRAC): Os mecanismos são organizados em grupos (identificados por números ou letras) pelo Comitê de Ação contra Resistência a Herbicidas, facilitando a identificação de produtos com modos de ação distintos para rotação.
Seletividade Fisiológica: O mecanismo determina por que o herbicida mata a planta daninha mas preserva a cultura; isso ocorre frequentemente porque a cultura consegue metabolizar a molécula ou possui uma enzima-alvo insensível.
Sintomatologia Visual: A forma como a planta morre (clorose gradual, necrose rápida, epinastia ou deformação) é uma característica direta do mecanismo de ação, servindo como indicador para diagnóstico de eficácia no campo.
Rotação de Mecanismos é Vital: Alternar produtos com diferentes mecanismos de ação (e não apenas trocar a marca comercial) é a estratégia mais eficaz para prevenir a seleção de plantas daninhas resistentes na lavoura.
Atenção às Misturas em Tanque: A associação de herbicidas com diferentes mecanismos amplia o espectro de controle e protege as moléculas, dificultando que a planta daninha desenvolva resistência a múltiplos sítios de ação simultaneamente.
Influência das Condições Climáticas: Mecanismos sistêmicos (como o glifosato) exigem que a planta esteja metabolicamente ativa para translocar o produto, sendo mais sensíveis a estresses hídricos do que herbicidas de contato.
Identificação de Resistência: Se uma planta sobrevive a uma aplicação correta, é crucial investigar se houve falha na tecnologia de aplicação ou se trata de um caso de resistência ao mecanismo utilizado, evitando reaplicar o mesmo grupo químico.
Novas Moléculas são Raras: O desenvolvimento de novos mecanismos de ação é um processo lento e caro; por isso, preservar a eficácia dos grupos existentes através do manejo correto é uma prioridade para o setor.
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