Adubação em Citros: 3 Dicas Essenciais para Máxima Produtividade
Adubação em citros: Tudo o que você precisa saber para definir o quê, em que momento e quanto aplicar em seu pomar para mais produtividade.
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Os micronutrientes para citros referem-se a um grupo de elementos químicos essenciais que, embora requeridos em quantidades muito menores comparados aos macronutrientes (como Nitrogênio, Fósforo e Potássio), são vitais para o ciclo de vida, desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das plantas cítricas. Este grupo inclui elementos como Boro (B), Zinco (Zn), Manganês (Mn), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Molibdênio (Mo) e Cloro (Cl). No contexto da citricultura brasileira, a gestão desses nutrientes é crítica, visto que muitos solos tropicais são naturalmente intemperizados e pobres nesses elementos, ou apresentam pH ácido que dificulta sua disponibilidade.
A importância prática dos micronutrientes reside na Lei do Mínimo: a deficiência de apenas um desses elementos pode limitar severamente a produtividade do pomar, mesmo que todos os outros nutrientes estejam em níveis adequados. Eles atuam principalmente como ativadores de enzimas e componentes estruturais, influenciando diretamente a fotossíntese, a formação de flores, o pegamento dos frutos e a qualidade final da colheita (tamanho, teor de suco e espessura da casca).
O manejo nutricional em citros exige atenção redobrada aos micronutrientes, pois a planta exporta uma quantidade significativa desses elementos a cada colheita. A reposição deve ser planejada com base em diagnósticos precisos, pois a fronteira entre a deficiência (fome oculta ou visível) e a toxicidade é estreita para alguns desses elementos. A aplicação correta garante a sanidade da planta, tornando-a mais resistente a estresses bióticos e abióticos.
Elementos Essenciais: O grupo principal de interesse econômico para a citricultura engloba Boro, Cobre, Manganês, Zinco, Ferro e Molibdênio, sendo que Zinco, Manganês e Boro são frequentemente os mais limitantes nos pomares brasileiros.
Baixa Mobilidade na Planta: A maioria dos micronutrientes (exceto o Cloro e o Molibdênio) possui baixa mobilidade no floema. Isso significa que os sintomas de deficiência aparecem primeiramente nas folhas novas e nos brotos, exigindo monitoramento constante das brotações.
Funções Fisiológicas Específicas: Cada elemento possui um papel distinto; por exemplo, o Boro é crucial para a germinação do pólen e formação do tubo polínico, enquanto o Zinco está ligado à síntese de auxinas (hormônios de crescimento) e expansão foliar.
Dependência do pH do Solo: A disponibilidade desses nutrientes é fortemente influenciada pela acidez do solo. Em solos com pH elevado (alcalinos ou após calagem excessiva), a disponibilidade de micronutrientes metálicos (Fe, Mn, Zn, Cu) diminui drasticamente, podendo induzir deficiências.
Formas de Absorção: Podem ser absorvidos tanto via sistema radicular (adubação de solo) quanto via foliar. A adubação foliar é uma prática muito comum na citricultura para correções rápidas e suplementação durante os fluxos vegetativos.
Diagnóstico Duplo é Fundamental: Apenas a análise de solo não é suficiente. A análise foliar é a ferramenta mais precisa para avaliar o estado nutricional real da planta, pois revela o que foi efetivamente absorvido e metabolizado. Recomenda-se realizar a amostragem de folhas anualmente em talhões homogêneos.
Atenção à “Fome Oculta”: Muitas vezes, a planta sofre redução de produtividade por falta de micronutrientes antes mesmo de apresentar sintomas visíveis (amarelecimento, folhas pequenas, deformações). O monitoramento preventivo evita perdas econômicas silenciosas.
Momento da Aplicação: Para aplicações foliares, o momento ideal geralmente coincide com os fluxos de brotação da planta, quando a cutícula das folhas novas é mais fina, facilitando a absorção, e a demanda metabólica é alta para o desenvolvimento de novos tecidos e frutos.
Equilíbrio e Antagonismo: O excesso de um nutriente pode inibir a absorção de outro. Por exemplo, níveis muito altos de Fósforo no solo podem induzir a deficiência de Zinco. O equilíbrio na formulação da adubação é essencial para evitar esses bloqueios.
Riscos de Fitotoxicidade: Diferente dos macronutrientes, o excesso de micronutrientes (especialmente Boro e Cobre) pode causar toxicidade severa, queimando folhas e comprometendo o sistema radicular. As dosagens devem seguir rigorosamente as recomendações técnicas agronômicas.
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