Míldio na Lavoura: Guia Completo para Identificar e Controlar a Doença
Míldio: Veja as principais características e sintomas dessa doença, além de todas as formas de controle para evitar prejuízos na sua lavoura.
1 artigo encontrado com a tag " Míldio no Sorgo"
O Míldio no sorgo é uma doença severa causada pelo oomiceto Peronosclerospora sorghi, um organismo semelhante aos fungos que prospera em condições de alta umidade. No contexto do agronegócio brasileiro, esta enfermidade representa um desafio fitossanitário significativo, estando presente em praticamente todas as regiões produtoras do país. Na região Sul, por exemplo, o míldio é classificado como a segunda doença de maior importância econômica para a cultura, ficando atrás apenas da antracnose, exigindo monitoramento constante por parte dos produtores rurais.
A doença se manifesta de duas formas distintas: a infecção localizada e a infecção sistêmica. A forma sistêmica é particularmente agressiva, pois o patógeno invade o meristema apical (ponto de crescimento da planta), comprometendo todo o desenvolvimento vegetal. Se não manejado corretamente, especialmente em cultivares suscetíveis, o míldio pode acarretar prejuízos devastadores, com perdas que podem chegar a 80% da produção, resultando em plantas raquíticas, estéreis ou morte prematura da lavoura.
Agente Causal: A doença é provocada pelo Peronosclerospora sorghi, um oomiceto que se desenvolve preferencialmente em ambientes úmidos e com temperaturas amenas.
Sintomas Sistêmicos: Caracterizam-se pela clorose foliar, apresentando faixas de cor verde-claro a amarelo intercaladas com o verde normal da folha, além de enfezamento (redução do porte) da planta.
Sintomas Localizados: Manifestam-se através de lesões necróticas de formato retangular nas folhas, ocorrendo quando os esporos atingem diretamente o tecido foliar.
Sinal Típico (Eflorescência): Na face inferior das folhas (abaxial), surge um crescimento pulverulento de cor esbranquiçada ou acinzentada, que corresponde às estruturas reprodutivas do patógeno saindo pelos estômatos.
Comprometimento do Meristema: Na infecção sistêmica, o patógeno coloniza as células do meristema, impedindo o crescimento saudável e a formação adequada dos grãos.
Alto Potencial de Perda: A doença é crítica para a rentabilidade, podendo inviabilizar a colheita em talhões muito afetados se houver uso de sementes suscetíveis sem proteção.
Disseminação Facilitada: As estruturas reprodutivas do míldio são extremamente leves, sendo facilmente transportadas pelo vento e pela água (chuva ou irrigação) para plantas vizinhas.
Evolução da Infecção: Uma infecção inicialmente localizada pode se tornar sistêmica se o patógeno conseguir migrar das folhas para o ponto de crescimento da planta.
Diagnóstico de Campo: Para identificar a doença, deve-se observar a parte de baixo das folhas em dias úmidos, buscando a presença do “mofo” branco característico, diferenciando-o de outras manchas foliares.
Impacto Fisiológico: Ao cobrir a folha e necrosar tecidos, o míldio reduz drasticamente a capacidade fotossintética da planta, diminuindo a energia disponível para a produção de biomassa e grãos.
Condições Predisponentes: O monitoramento deve ser intensificado em períodos de chuvas frequentes ou orvalho prolongado, cenários ideais para a esporulação do oomiceto.
Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Míldio no Sorgo