Módulo 2 - Aula 3: Controle de Plantas Daninhas em Soja, Milho e Feijão
Domine as estratégias de manejo químico de plantas daninhas para soja, milho e feijão, com recomendações de herbicidas pré e pós-emergentes e táticas ...
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Ler o Guia Principal sobre Milho →O milho (Zea mays) é uma gramínea C4 de alta eficiência fotossintética, consolidada como uma das culturas mais estratégicas do agronegócio brasileiro, tanto na safra de verão quanto na segunda safra (safrinha). Além de sua importância fundamental na cadeia de proteína animal e na produção de etanol, o milho exige um nível tecnológico elevado para expressar seu máximo potencial produtivo. No contexto agronômico, a cultura é altamente responsiva ao manejo de fertilidade e, principalmente, à proteção contra fatores bióticos redutores de produtividade.
Devido à sua fisiologia e arquitetura, o milho apresenta desafios específicos de manejo fitossanitário. A cultura é extremamente sensível à matocompetição, onde a presença de plantas daninhas pode ocasionar perdas de até 80% na produtividade se não controladas nos estádios iniciais. Além disso, a planta serve de hospedeira para um complexo de pragas agressivas, incluindo lagartas desfolhadoras, percevejos e vetores de doenças, exigindo monitoramento constante e decisões baseadas em Níveis de Controle (NC) para garantir a rentabilidade da lavoura.
Sensibilidade à Matocompetição: O milho possui um Período Crítico de Prevenção à Interferência (PCPI) rigoroso. A competição por luz, água e nutrientes com plantas daninhas, especialmente outras gramíneas como o capim-amargoso, pode comprometer irreversivelmente o estande e o desenvolvimento das espigas.
Desafio do Controle Químico: O manejo de plantas daninhas no milho apresenta a dificuldade técnica de controlar gramíneas infestantes dentro de uma cultura que também é uma gramínea. Isso exige o uso criterioso de herbicidas seletivos (como Atrazina, Tembotrione e Mesotrione) e tecnologias de tolerância (como híbridos RR ou Liberty Link).
Complexo de Pragas Específico: A cultura é atacada em diferentes fases, desde a emergência até o enchimento de grãos. Destacam-se a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho), que ataca o meristema de crescimento, e o Dalbulus maidis (cigarrinha), vetor dos enfezamentos (pálido e vermelho) que causam nanismo e improdutividade.
Versatilidade em Sistemas de Produção: O milho adapta-se bem a sistemas integrados, sendo a cultura chave para o consórcio com braquiárias (Integração Lavoura-Pecuária). Esse sistema, além de produzir grãos, gera palhada para o Sistema de Plantio Direto, auxiliando na supressão de plantas daninhas fotoblásticas positivas, como a Buva.
Necessidade de Monitoramento Intensivo: Diferente de culturas com maior plasticidade, o milho exige protocolos de monitoramento rigorosos. Recomenda-se vistoria visual direta nos estádios V2-V6 e uso de armadilhas entre VT-R2, visando economizar aplicações desnecessárias e preservar inimigos naturais.
Rotação de Mecanismos de Ação: Para evitar a seleção de plantas daninhas resistentes, é crucial não depender apenas do Glifosato. O uso de herbicidas pré-emergentes e a rotação de mecanismos de ação (como inibidores da HPPD e Fotossistema II) são práticas obrigatórias para a sustentabilidade do manejo a longo prazo.
Manejo da Cigarrinha e Enfezamentos: O controle do Dalbulus maidis deve ser preventivo e regionalizado. A presença do vetor nos estádios iniciais é crítica, pois a infecção precoce pelos molicutes causa os maiores danos econômicos. O monitoramento deve ser intensificado para evitar a “ponte verde” entre safras.
Janela de Aplicação de Herbicidas: Erros no timing de aplicação de herbicidas pós-emergentes podem causar fitotoxidez severa na cultura ou falha de controle nas daninhas. Por exemplo, o Nicosulfuron tem baixa eficácia em capim-amargoso desenvolvido, exigindo intervenções quando a planta daninha ainda está pequena.
Impacto Econômico do Monitoramento: A adoção de métodos profissionais de amostragem (como o pano-de-batida adaptado e vistorias visuais) pode gerar uma economia de até R 520,00 por hectare ao evitar aplicações calendarizadas sem atingir o Nível de Controle, além de preservar a biotecnologia Bt presente nos híbridos.
Cuidado com o Efeito Carryover: Ao planejar a sucessão de culturas, deve-se atentar ao efeito residual de herbicidas utilizados na cultura anterior (como o Fomesafen no feijão), que podem afetar o desenvolvimento inicial do milho se o intervalo de segurança não for respeitado.
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