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O que é Necrose Da Haste Da Soja

A Necrose da Haste da Soja é uma enfermidade de origem viral causada pelo Cowpea mild mottle virus (CpMMV), um patógeno do gênero Carlavirus. Identificada inicialmente no Brasil em lavouras de feijão no final da década de 1970, a doença passou a ser detectada na cultura da soja a partir da safra 2000/01. Desde então, tornou-se um desafio fitossanitário relevante para o agronegócio brasileiro, exigindo monitoramento constante devido ao seu potencial de causar danos severos à estrutura da planta e comprometer o rendimento final da safra.

A disseminação do vírus na lavoura ocorre principalmente através da mosca-branca (Bemisia tabaci), que atua como inseto vetor. A incidência da doença está diretamente correlacionada com a densidade populacional deste inseto na área; ou seja, o descontrole da praga facilita a rápida dispersão do vírus entre as plantas. Além da transmissão pelo vetor, a introdução do patógeno também pode ocorrer por meio de sementes infectadas, o que reforça a necessidade de rigor na escolha do material de plantio.

O impacto econômico da necrose da haste é significativo, pois a doença afeta o desenvolvimento fisiológico da soja. Em casos de infecção severa, pode ocorrer a morte prematura da planta, além de deformações nas vagens e redução no tamanho dos grãos. Como os sintomas podem ser confundidos com outras patologias ou deficiências nutricionais, o conhecimento técnico sobre a manifestação visual do vírus é essencial para a tomada de decisão correta no manejo.

Principais Características

  • Agente Causal e Vetor: A doença é provocada pelo vírus CpMMV e tem como principal vetor de transmissão a mosca-branca (Bemisia tabaci), sendo a soja e o feijão os hospedeiros mais importantes economicamente.

  • Sintomatologia na Haste: A característica mais marcante, que dá nome à doença, é a necrose da haste, manifestada pelo escurecimento e morte dos tecidos do caule, podendo levar à queima do broto apical.

  • Alterações Foliares: As folhas apresentam sintomas visíveis como clorose, mosaico (manchas amareladas e padrão irregular de cores), aspecto bolhoso na superfície e escurecimento das nervuras e do pecíolo.

  • Impacto no Desenvolvimento: Plantas infectadas frequentemente apresentam nanismo, não atingindo a estatura normal de plantas sadias, o que prejudica a captação de luz e a fotossíntese.

  • Danos Reprodutivos: A doença interfere diretamente na formação das estruturas reprodutivas, resultando em vagens deformadas e grãos menores, o que reduz o peso final e a qualidade da colheita.

Importante Saber

  • Momento Crítico de Identificação: Embora a infecção possa ocorrer cedo, os sintomas tornam-se mais evidentes e severos a partir da fase de floração e no início da formação das vagens, exigindo monitoramento intensificado nestes estágios.

  • Controle do Vetor: O manejo eficiente da necrose da haste depende diretamente do controle populacional da mosca-branca; áreas com alta infestação do inseto possuem maior risco de disseminação rápida do vírus.

  • Qualidade das Sementes: Como a transmissão via semente é comprovada, a utilização de sementes certificadas e livres de vírus é a primeira linha de defesa para evitar a introdução da doença na lavoura.

  • Diagnóstico Diferencial: Devido à complexidade dos sintomas, que podem variar de sutis a severos, o diagnóstico correto — muitas vezes com auxílio laboratorial — é fundamental para não confundir a virose com outras doenças fúngicas ou bacterianas.

  • Evolução para Morte da Planta: Em cenários de alta severidade e falta de manejo, a doença pode progredir da necrose dos tecidos para a morte completa da planta, gerando perdas irreversíveis de produtividade no talhão afetado.

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