Nematoides: Tipos, Sintomas e Controle [2025]
Nematoides são vermes microscópicos que atacam raízes. Conheça tipos principais (galhas, cisto, lesões), sintomas, manejo e controle. Guia completo 2025!
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Ler o Guia Principal sobre Nematoides na Soja →Os nematoides na soja representam um dos maiores desafios fitossanitários para a produtividade da oleaginosa no Brasil. Trata-se de vermes microscópicos que habitam o solo e parasitam o sistema radicular das plantas, comprometendo severamente a capacidade da cultura de absorver água e nutrientes. Embora existam espécies de vida livre que são benéficas ao solo, os fitonematoides causam danos diretos às raízes, resultando em plantas com desenvolvimento atrofiado, amarelamento foliar e, consequentemente, redução drástica na produção de grãos.
No contexto do agronegócio brasileiro, esses organismos são frequentemente chamados de “inimigos invisíveis” ou ocultos, pois os sintomas na parte aérea da planta são inespecíficos e facilmente confundidos com deficiências nutricionais, compactação do solo ou estresse hídrico. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), os prejuízos causados por nematoides na sojicultura podem ultrapassar R 16 bilhões anualmente. A infestação geralmente ocorre em reboleiras (manchas irregulares na lavoura) e, uma vez estabelecida, a erradicação completa do patógeno é praticamente impossível, exigindo um manejo de convivência e redução populacional constante.
A identificação correta do gênero e da espécie presente na área é fundamental, pois o comportamento e o manejo variam significativamente. Os principais grupos que atacam a soja brasileira incluem o nematoide-das-galhas (Meloidogyne spp.), que forma inchaços nas raízes; o nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus), que causa necrose radicular; e o nematoide-de-cisto (Heterodera glycines), que se fixa nas raízes e possui estruturas de resistência de longa duração no solo. O controle eficiente depende da integração de métodos genéticos, culturais, biológicos e químicos.
Danos Radiculares Específicos: Dependendo da espécie, o ataque pode causar a formação de galhas (tumores que bloqueiam o fluxo de seiva), lesões necróticas escuras (que apodrecem a raiz) ou a presença de cistos (fêmeas fixadas na superfície da raiz).
Sintomatologia em Reboleiras: A infestação no campo não ocorre de forma uniforme; ela se manifesta em manchas ou “reboleiras” onde as plantas apresentam porte reduzido, clorose (amarelamento) e murchamento nas horas mais quentes do dia.
Disseminação Passiva: Os nematoides têm baixa mobilidade própria no solo, sendo disseminados principalmente pelo trânsito de máquinas agrícolas, implementos sujos com terra contaminada, água de irrigação e enxurradas.
Sobrevivência Prolongada: Muitas espécies possuem mecanismos de resistência que permitem sua sobrevivência no solo por longos períodos, mesmo na ausência da cultura hospedeira ou em condições climáticas adversas.
Interação com Outras Doenças: As lesões causadas pelos nematoides nas raízes servem como porta de entrada para fungos e bactérias de solo, como Fusarium e Rhizoctonia, agravando o estado sanitário da lavoura.
Diagnóstico Laboratorial é Indispensável: Como os sintomas visuais confundem-se com outros problemas, a confirmação da presença e a identificação da espécie exigem a coleta de solo e raízes para análise nematológica em laboratório especializado.
Rotação de Culturas como Estratégia Central: O uso de plantas não hospedeiras ou com baixo Fator de Reprodução (FR) na entressafra (como certas espécies de Crotalaria ou milheto) é crucial para reduzir a população de nematoides no solo.
Escolha de Cultivares Resistentes: Para gêneros como Meloidogyne e Heterodera, existem cultivares de soja com resistência genética; no entanto, para o nematoide-das-lesões (Pratylenchus), as opções de resistência são mais limitadas, exigindo maior foco no manejo cultural.
Limpeza de Maquinário: A prevenção é a melhor defesa; lavar tratores e implementos antes de entrar em talhões isentos evita a introdução do patógeno em áreas saudáveis da propriedade.
Controle Biológico Crescente: O uso de bionematicidas à base de fungos e bactérias (como Bacillus subtilis e Pasteuria spp.) tem se mostrado uma ferramenta eficaz e sustentável para proteger as raízes e reduzir a população de nematoides.
Monitoramento Contínuo: O mapeamento das áreas infestadas deve ser constante, permitindo a aplicação de manejo localizado e evitando que o problema se espalhe para toda a fazenda.
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