Manejo de Capim-Colonião: Guia Completo de Controle
Capim-colonião: Época certa para controle, quais herbicidas utilizar e as principais dicas para evitar o prejuízo da lavoura
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O Panicum maximum (Jacq.), popularmente conhecido no Brasil como Capim-Colonião, é uma espécie de gramínea perene de origem africana, amplamente difundida em território nacional. No contexto agronômico brasileiro, esta planta possui uma dualidade marcante: é uma das forrageiras mais importantes para a pecuária devido à sua alta produção de biomassa e valor nutricional, mas simultaneamente atua como uma planta daninha agressiva e de difícil controle em sistemas agrícolas, como na produção de grãos, cana-de-açúcar e citros.
Sua adaptação ao clima tropical é excepcional, favorecendo um crescimento vigoroso que pode formar touceiras densas de até 3 metros de altura. Quando presente em lavouras comerciais, o Panicum maximum exerce uma forte pressão de competição por recursos essenciais — água, luz e nutrientes —, o que pode comprometer severamente a produtividade da cultura principal. A espécie engloba diversas cultivares conhecidas, como Mombaça e Tanz, cuja presença no campo pode ser resultado tanto de plantio intencional para pastagem quanto de invasão proveniente de áreas adjacentes ou bancos de sementes no solo.
Ciclo de vida perene: A planta vive por mais de dois anos, estabelecendo-se no terreno de forma duradoura através de um sistema radicular robusto.
Reprodução mista e eficiente: Propaga-se tanto por sementes, produzidas em larga escala (mais de 120 mil por planta), quanto vegetativamente por meio de rizomas (caules subterrâneos).
Alta capacidade de rebrota: A presença de rizomas permite que a planta se recupere rapidamente de danos mecânicos na parte aérea, como roçadas ou pastejo, dificultando o controle físico.
Exigências edafoclimáticas: Desenvolve-se melhor em temperaturas entre 20ºC e 30ºC e tolera curtos períodos de seca, porém não suporta solos encharcados ou geadas severas.
Morfologia competitiva: Apresenta crescimento rápido e porte alto, o que lhe confere vantagem na competição por luz solar, sombreando as culturas de interesse econômico.
Dificuldade de identificação inicial: Nos estágios iniciais de desenvolvimento, as plântulas de Panicum maximum podem ser confundidas com culturas comerciais da família das gramíneas, como milho e cana-de-açúcar, atrasando o manejo.
Hospedeiro de nematoides: Além da competição direta, a planta pode servir de abrigo e multiplicação para nematoides, pragas de solo que atacam as raízes das culturas subsequentes.
Toxicidade potencial: Embora seja uma excelente forrageira, suas inflorescências podem acumular glicosídeos cianogênicos, substâncias que liberam cianeto e podem intoxicar animais se ingeridas em grandes quantidades.
Dispersão facilitada: As sementes são leves e facilmente transportadas pelo vento, o que exige monitoramento constante das bordaduras das lavouras para evitar reinfestações.
Janela de controle: O manejo químico é mais eficiente quando as plantas são jovens e ainda não formaram rizomas robustos; plantas adultas exigem doses elevadas de herbicidas e estratégias integradas.
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