Plantação de Trigo: Guia Completo do Plantio à Alta Produtividade
Plantação de trigo: preparo do solo, condições ideais, escolha de cultivares e outros pontos importantes para alcançar altas produtividades.
1 artigo encontrado com a tag " Perfilhamento do Trigo"
O perfilhamento do trigo é uma característica fisiológica fundamental e uma etapa fenológica decisiva para a definição do potencial produtivo da lavoura. Trata-se da capacidade da planta de emitir novos brotos, denominados perfilhos, a partir de gemas axilares localizadas na base do colmo principal (coroa). Esses ramos laterais desenvolvem-se de maneira estruturalmente idêntica ao colmo primário, possuindo a capacidade de formar suas próprias raízes e, o mais importante, gerar espigas férteis.
No contexto do agronegócio brasileiro, o entendimento desse processo é vital para o manejo da densidade de semeadura. O perfilhamento confere à cultura do trigo uma grande plasticidade, permitindo que a planta compense eventuais falhas no estande inicial ou baixas densidades de plantio, ocupando melhor o espaço disponível no solo. Esta fase ocorre logo após a germinação e o crescimento inicial da plântula, estendendo-se geralmente por um período de 15 dias, dependendo do ciclo da cultivar e das condições climáticas.
Para o produtor, o sucesso desta etapa é um indicador precoce de produtividade. Um bom perfilhamento resulta em um maior número de espigas por metro quadrado, que é um dos principais componentes de rendimento do trigo. No entanto, é necessário um equilíbrio, pois o excesso de perfilhos improdutivos pode consumir recursos da planta sem gerar grãos, exigindo um manejo agronômico preciso para maximizar a conversão desses brotos em espigas viáveis.
Origem Basal: Os perfilhos emergem das gemas laterais situadas nos nós da base da planta, desenvolvendo-se paralelamente ao colmo principal.
Autonomia Relativa: Embora conectados vascularmente à planta-mãe no início, os perfilhos desenvolvem sistema radicular próprio, auxiliando na absorção de água e nutrientes.
Identidade Morfológica: Cada perfilho completo possui nós, entrenós, folhas e potencial para desenvolver uma inflorescência (espiga), similar ao colmo principal.
Variabilidade Genética: A capacidade de perfilhar (índice de perfilhamento) varia significativamente entre diferentes cultivares de trigo disponíveis no mercado.
Janela Fenológica: Ocorre predominantemente na segunda etapa do desenvolvimento (após a emergência de 3 a 4 folhas), antecedendo a fase de alongamento e emborrachamento.
Influência da Densidade: Existe uma relação inversa entre a densidade de semeadura e o perfilhamento; plantios muito adensados tendem a reduzir a emissão de perfilhos devido à competição por luz e espaço.
Manejo de Nitrogênio: A adubação nitrogenada de cobertura, realizada no início desta fase, é crucial para estimular a emissão e, principalmente, a sobrevivência dos perfilhos formados.
Mortalidade de Perfilhos: Nem todos os perfilhos emitidos chegarão à colheita; estresses hídricos, nutricionais ou sombreamento excessivo podem provocar o abortamento dos perfilhos mais jovens e fracos.
Compensação de Estande: Em situações onde a emergência foi irregular, cultivares com alto vigor de perfilhamento podem recuperar o potencial produtivo da área preenchendo os espaços vazios.
Microclima e Doenças: Um perfilhamento excessivo pode fechar muito a entrelinha, criando um microclima úmido favorável ao desenvolvimento de doenças fúngicas, o que exige monitoramento fitossanitário rigoroso.
Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Perfilhamento do Trigo