Guia Completo: Como Controlar as 9 Principais Plantas Daninhas do Café
Plantas daninhas do café: saiba quais são, conheça seus riscos para o cafezal e aprenda a identificá-las a tempo
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Ler o Guia Principal sobre Picão Preto →O Picão-preto (Bidens pilosa e Bidens subalternans) é uma das plantas daninhas de folha larga mais disseminadas e agressivas na agricultura brasileira. De ciclo anual e reprodução por sementes, essa espécie invasora é encontrada em praticamente todo o território nacional, afetando diretamente a produtividade de culturas de grande importância econômica, como soja, milho e café. Sua presença é marcada por uma alta capacidade competitiva, disputando recursos essenciais como água, luz solar e nutrientes com as plantas cultivadas, o que pode resultar em perdas significativas se o manejo não for realizado no momento correto.
Além da competição direta, o picão-preto representa um desafio técnico complexo para os produtores devido ao seu histórico de resistência a herbicidas. No Brasil, já existem populações com resistência confirmada a inibidores da ALS e do Fotossistema II, além do alerta constante sobre a entrada de biótipos resistentes ao glifosato vindos de países vizinhos, como o Paraguai. A planta também atua como uma “ponte verde” na entressafra, servindo de hospedeira para pragas e doenças que posteriormente atacarão a lavoura comercial, exigindo uma estratégia de controle integrado que vá além da simples aplicação química.
Alta prolificidade: Uma única planta tem capacidade de produzir entre 3 mil e 6 mil sementes por ciclo, garantindo uma rápida reinfestação da área e abastecimento do banco de sementes.
Mecanismo de dispersão: As sementes (aquênios) possuem estruturas em forma de ganchos, conhecidas como aristas, que aderem facilmente a roupas, pelos de animais e pneus de máquinas, facilitando o transporte dentro e fora da propriedade.
Longevidade e dormência: As sementes podem permanecer viáveis no solo por até 5 anos devido à dormência, aguardando condições favoráveis de temperatura e umidade para germinar.
Diferenciação morfológica: As duas principais espécies são diferenciadas pelas sementes e flores; a B. pilosa geralmente possui 2 a 3 aristas e pétalas brancas maiores, enquanto a B. subalternans apresenta 4 aristas.
Germinação profunda: Diferente de muitas outras daninhas que precisam estar na superfície, o picão-preto consegue emergir mesmo quando as sementes estão enterradas a profundidades próximas de 10 cm.
Manejo de resistência: Devido aos casos de resistência múltipla (ALS e Atrazina) e o risco para o glifosato, é fundamental rotacionar os mecanismos de ação dos herbicidas utilizados e não depender de um único princípio ativo.
Hospedeiro de nematoides: O controle rigoroso na entressafra é crucial, pois o picão-preto é um hospedeiro eficiente para nematoides do gênero Meloidogyne, que podem causar danos severos à cultura subsequente.
Controle cultural: O uso de plantas de cobertura, como a mucuna-preta, e a manutenção de palhada sobre o solo são estratégias eficazes para inibir a germinação e o crescimento desta daninha.
Momento da aplicação: A eficiência do controle químico é significativamente maior quando as plantas são pequenas (estádio inicial); plantas adultas tornam-se mais tolerantes e difíceis de erradicar.
Impacto no café: Em lavouras de café, o período crítico de controle ocorre entre outubro e abril (florescimento) e durante a fase de implantação, onde a competição pode comprometer o desenvolvimento dos pés jovens.
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