star

Procurando o guia completo?

Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.

Ler o Guia Principal sobre Pivô Central →

O que é Pivô Central

O Pivô Central é um sistema de irrigação mecanizado de alta tecnologia, amplamente difundido na agricultura brasileira, composto por uma linha de aspersores sustentada por torres metálicas com rodas, que giram em torno de um ponto fixo central de abastecimento de água e energia. Essa estrutura movimenta-se em círculos sobre a lavoura, aplicando água de forma controlada e uniforme, simulando uma chuva artificial. É um dos métodos mais eficientes para a produção em média e larga escala, sendo fundamental para culturas anuais como milho, soja e feijão, além de café e cana-de-açúcar.

No contexto do agronegócio nacional, o pivô central desempenha um papel estratégico na segurança hídrica e no aumento da produtividade vertical. Ele permite ao produtor mitigar os riscos climáticos associados à irregularidade das chuvas e à ocorrência de veranicos, especialmente em regiões como o Centro-Oeste e o Sul. Além de garantir a água necessária para o desenvolvimento das plantas, o sistema viabiliza o cultivo na entressafra (safrinha) e a intensificação do uso do solo, transformando áreas que antes dependiam exclusivamente do regime de chuvas em polos de alta produtividade.

Principais Características

  • Alta uniformidade de aplicação: O sistema é projetado para distribuir a lâmina de água de maneira homogênea por toda a área circular, garantindo que todas as plantas recebam a quantidade necessária para seu desenvolvimento.

  • Capacidade de Fertirrigação: Permite a aplicação simultânea de fertilizantes e defensivos sistêmicos junto com a água de irrigação, otimizando a nutrição da lavoura e reduzindo custos operacionais com maquinário de pulverização.

  • Automação e Tecnologia: A maioria dos pivôs modernos conta com painéis de controle avançados, permitindo o monitoramento remoto, ajuste de velocidade e programação de horários de funcionamento, integrando-se à agricultura de precisão.

  • Versatilidade de Culturas: A altura da estrutura permite o cultivo de plantas de porte baixo a alto, como o milho, sem causar danos físicos à lavoura durante a movimentação das torres.

  • Demanda Energética: O funcionamento dos motores de tração e, principalmente, do sistema de bombeamento de água exige uma fonte de energia robusta, sendo um dos principais componentes do custo operacional.

Importante Saber

  • Investimento e Retorno (ROI): A implantação exige um capital inicial elevado para equipamentos e infraestrutura hidráulica, mas o retorno sobre o investimento costuma ocorrer entre dois a cinco anos devido ao aumento significativo da produtividade e segurança da safra.

  • Sinergia com Energia Solar: Devido ao alto consumo de eletricidade, a instalação de usinas fotovoltaicas na propriedade tem se tornado uma solução técnica frequente para reduzir drasticamente os custos operacionais do pivô, viabilizando a irrigação diurna.

  • Proteção em Fases Críticas: O uso do pivô é decisivo nos estágios fenológicos mais sensíveis ao déficit hídrico, como a germinação, o florescimento e o enchimento de grãos, onde a falta de água pode causar perdas irreversíveis de até 50% na produção.

  • Requisitos de Instalação: A implementação depende de estudos prévios de topografia (o terreno não pode ser excessivamente inclinado) e, fundamentalmente, da disponibilidade e outorga de água suficiente na propriedade (rios, poços ou reservatórios).

  • Manejo Técnico: A eficiência do sistema depende de um manejo correto, baseado na necessidade hídrica real da cultura e nas condições do solo; o uso excessivo ou incorreto pode levar ao desperdício de recursos e à lixiviação de nutrientes.

💡 Conteúdo útil?

Compartilhe com sua rede

Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Pivô Central

Veja outros artigos sobre Pivô Central