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O que é Plantio De Feijão

O plantio de feijão refere-se ao conjunto de práticas agronômicas voltadas para o estabelecimento da cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris) e outras variedades comerciais. No Brasil, esta atividade possui uma dinâmica única devido ao ciclo curto da planta, que permite a realização de até três safras anuais (águas, seca e inverno), garantindo o abastecimento contínuo do mercado interno. É uma cultura estratégica para a segurança alimentar nacional, sendo cultivada tanto por pequenos agricultores quanto em grandes extensões mecanizadas.

O sucesso do plantio depende diretamente do planejamento agrícola, que deve considerar a janela de semeadura correta para cada região e a escolha de cultivares adaptadas. O processo engloba desde a análise e preparo do solo, visando descompactação e correção nutricional, até a definição da densidade de semeadura. Diferente de outras commodities voltadas à exportação, a produção de feijão é sensível às oscilações de oferta e demanda interna, exigindo do produtor atenção redobrada à época de plantio para maximizar a rentabilidade.

Além disso, o manejo do plantio de feijão é altamente técnico devido à sensibilidade da planta a estresses climáticos. O desenvolvimento da lavoura é influenciado significativamente pela temperatura, radiação solar e disponibilidade hídrica. Portanto, “plantio de feijão” não se resume apenas à operação de semeadura, mas à gestão de um sistema produtivo que busca equilibrar as exigências fisiológicas da planta com as condições edafoclimáticas disponíveis em cada uma das três safras brasileiras.

Principais Características

  • Ciclo Curto e Dinâmico: O feijoeiro apresenta um desenvolvimento rápido, geralmente entre 65 a 90 dias, o que exige precisão no manejo, pois há pouco tempo para recuperação de estresses.

  • Sazonalidade em Três Safras: A produção é dividida em 1ª safra (águas/verão), 2ª safra (seca/safrinha) e 3ª safra (inverno/irrigada), cada uma com desafios climáticos e janelas de plantio específicas por região.

  • Exigência Térmica Específica: A cultura desenvolve-se idealmente em temperaturas médias entre 18°C e 24°C, sendo 21°C o ponto ótimo; temperaturas extremas (abaixo de 12°C ou acima de 30°C) prejudicam severamente a produção.

  • Necessidade Hídrica: O ciclo completo demanda entre 300 mm e 400 mm de água bem distribuída, sendo crítico evitar o déficit hídrico na floração e o excesso de chuva na colheita.

  • Diversidade de Cultivares: Existem variedades com diferentes arquiteturas (porte ereto para colheita mecanizada), ciclos e resistências a doenças (como antracnose e mosaico), divididas principalmente nos grupos Carioca e Preto.

Importante Saber

  • Sensibilidade ao Abortamento: O feijoeiro é propenso ao abortamento de flores e vagens se exposto a temperaturas muito altas ou baixas durante o florescimento, o que impacta diretamente a produtividade final.

  • Preparo do Solo: A cultura exige solos soltos, fofos e bem arejados; a compactação ou o encharcamento podem comprometer o sistema radicular e favorecer doenças fúngicas.

  • Planejamento de Mercado: Devido à volatilidade dos preços, o produtor deve acompanhar as previsões de safra e estoques (entressafra), pois a oferta varia conforme o sucesso das colheitas regionais anteriores.

  • Manejo de Irrigação: Na 3ª safra (inverno), o uso de irrigação é obrigatório na maioria das regiões produtoras (como MG, GO, SP e BA) para suprir a falta de chuvas e garantir o desenvolvimento dos grãos.

  • Radiação Solar e Espaçamento: O equilíbrio no espaçamento é vital; pouca luz reduz a fotossíntese, mas o excesso de plantas causa auto-sombreamento, prejudicando as folhas inferiores e a sanidade da lavoura.

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