Guia Completo do Sorgo: Do Plantio à Colheita para Máxima Produtividade
Sorgo: entenda quais são as condições ideais de cultivo, principais pragas, doenças e manejo de plantas daninhas
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O plantio de sorgo refere-se ao estabelecimento da cultura do Sorghum bicolor, um cereal da família Poaceae que se destaca no agronegócio brasileiro pela sua alta eficiência fotossintética e notável tolerância ao déficit hídrico. Esta etapa agrícola envolve desde o planejamento da época de semeadura e escolha da cultivar até a execução do plantio propriamente dito. No Brasil, o sorgo é frequentemente utilizado como uma cultura de sucessão (safrinha), entrando em áreas onde o plantio do milho seria considerado de alto risco devido à janela climática mais restrita e à escassez de chuvas no final do ciclo.
A prática do plantio de sorgo exige um entendimento claro da finalidade da produção, uma vez que existem cinco tipos principais: granífero, biomassa, forrageiro, sacarino e vassoura. Cada um possui características morfológicas distintas, como porte da planta e arquitetura da panícula, que influenciam diretamente o espaçamento, a densidade de semeadura e o manejo agronômico subsequente. A expansão dessa cultura no país, consolidada a partir da década de 1970, deve-se à sua capacidade de oferecer segurança produtiva e rentabilidade, aproveitando a infraestrutura e o maquinário já existentes nas propriedades que cultivam soja e milho.
Diversidade de Tipos e Aptidões: O plantio varia conforme a finalidade, podendo ser granífero (porte baixo, foco em grãos), biomassa (porte gigante, foco em energia), forrageiro (alimentação animal), sacarino (etanol/silagem) ou vassoura (fibras).
Rusticidade e Adaptação: A cultura possui um sistema radicular profundo e mecanismos fisiológicos que conferem alta resistência à seca e ao calor, permitindo o cultivo em regiões ou épocas com menor disponibilidade hídrica.
Mecanização Total: Para a maioria das variedades, especialmente o sorgo granífero e o biomassa, todo o processo de plantio e colheita é 100% mecanizável, utilizando os mesmos equipamentos da cultura da soja.
Ciclo Produtivo: O sorgo apresenta um ciclo relativamente rápido, o que facilita seu encaixe no sistema de rotação de culturas, otimizando o uso da terra durante a entressafra.
Custo de Produção: Geralmente, o custo de implantação da lavoura de sorgo é inferior ao do milho, oferecendo uma relação custo-benefício atrativa em cenários de risco climático elevado.
Janela de Semeadura: Embora rústico, o sorgo tem seus limites. O plantio muito tardio pode expor a cultura a temperaturas baixas na fase reprodutiva, o que causa esterilidade das espiguetas e reduz drasticamente a produtividade (fenômeno conhecido como “chochamento”).
Exigência Nutricional: É um erro comum tratar o sorgo como uma cultura que não precisa de adubação. Para expressar seu potencial produtivo, a planta requer solos corrigidos e responde bem à adubação nitrogenada e fosfatada.
Sensibilidade a Herbicidas: O sorgo é sensível a diversos herbicidas comumente usados em outras culturas. É crucial verificar o período de carência de produtos aplicados na cultura anterior (carryover) e utilizar apenas defensivos registrados para evitar fitotoxidez severa.
Manejo de Pragas Específicas: O pulgão-do-sorgo é uma praga-chave que exige monitoramento constante desde o início do desenvolvimento vegetativo, pois pode causar danos diretos e transmitir viroses.
Qualidade da Semente: A escolha de sementes certificadas e com alto vigor é determinante para garantir um estande de plantas uniforme, fator essencial para o controle de plantas daninhas por sombreamento e para a produtividade final.
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