Colheita de Feijão: 3 Dicas Essenciais para Maximizar a Eficiência e o Lucro
Colheita do feijão: entenda os principais passos para garantir uma colheita mais eficiente. Confira agora mesmo!
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O ponto de colheita do feijão refere-se ao momento exato do ciclo fenológico da cultura em que os grãos atingem a maturidade fisiológica e apresentam as condições ideais de umidade para serem retirados do campo. Tecnicamente, este momento ocorre logo após o estádio R9, fase em que o grão cessa o recebimento de nutrientes da planta mãe e atinge seu peso seco máximo. No contexto do agronegócio brasileiro, identificar corretamente este período é determinante para a rentabilidade da lavoura, visto que a colheita é uma etapa de alto custo operacional e riscos elevados de perdas quantitativas e qualitativas.
Na prática agronômica, a determinação deste ponto não se baseia apenas no calendário, mas sim na observação visual e na análise de umidade. As vagens mudam de coloração, passando do verde característico para uma tonalidade de palha seca, indicando a perda de água. Para produtores que utilizam a colheita mecanizada — método predominante em grandes áreas devido à escassez de mão de obra —, o ponto de colheita é ainda mais crítico. Ele deve equilibrar a necessidade de o grão estar seco o suficiente para não ser esmagado pelas máquinas, mas úmido o bastante para evitar a degrana natural ou a quebra excessiva durante a trilha.
Estádio Fenológico R9: O ponto ideal de colheita sucede a fase R9, que marca o fim do ciclo de desenvolvimento da planta e a maturidade fisiológica completa.
Teor de Umidade Específico: Para a colheita mecanizada eficiente, a umidade dos grãos deve estar próxima de 15%, evitando danos mecânicos como amassamento (umidade alta) ou quebra (umidade baixa).
Mudança de Coloração: A característica visual mais evidente é a alteração da cor das vagens, que perdem o verde e assumem uma cor amarelada ou de “palha seca”.
Máximo Peso Seco: Neste ponto, o grão atingiu seu acúmulo máximo de matéria seca, garantindo o maior rendimento possível em peso antes de começar a deteriorar.
Cessação de Fluxo Nutricional: Ocorre o desligamento vascular entre a planta e o grão, significando que a cultura não está mais enviando fotoassimilados para as vagens.
Riscos do Atraso na Colheita: Postergar a entrada das máquinas após o ponto ideal aumenta drasticamente as perdas por degrana (abertura natural das vagens) e expõe os grãos ao ataque de pragas de armazenamento, como o caruncho, ainda no campo.
Consequências da Antecipação: Realizar a colheita antes do ponto ideal, com umidade muito acima de 15%, resulta em grãos amassados (“barrotes”) e maior incidência de impurezas e umidade no produto final, exigindo maior custo de secagem artificial.
Uso de Dessecantes: Devido à maturação muitas vezes desuniforme das cultivares de feijão, o uso de dessecantes químicos é uma prática comum para uniformizar o ponto de colheita e facilitar a operação das máquinas.
Impacto Climático: Chuvas excessivas próximas ao ponto de colheita são críticas, pois podem induzir a germinação dos grãos ainda dentro das vagens (viviparidade), depreciando totalmente o valor comercial do produto.
Qualidade de Semente: Para produtores focados em sementes, respeitar rigorosamente o ponto de maturidade fisiológica é essencial para garantir o máximo vigor e potencial de germinação do lote.
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