Secagem de Arroz: O Guia Completo da Umidade Ideal à Escolha do Secador
Secagem do arroz: Veja a umidade ideal para colheita, qual secador utilizar e como realizar o processo de secagem para melhor produtividade.
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A pós-colheita de arroz compreende o conjunto de operações realizadas logo após a retirada dos grãos da lavoura, visando a manutenção da qualidade física, fisiológica e sanitária do produto até sua comercialização ou processamento industrial. No contexto do agronegócio brasileiro, especialmente na região Sul, que concentra a maior parte da produção nacional, esta etapa é estratégica para garantir a rentabilidade da safra, permitindo ao produtor aguardar melhores janelas de mercado para a venda, em vez de comercializar o produto imediatamente sob pressão de colheita.
O processo engloba atividades críticas e sequenciais, iniciando pelo transporte e recepção na unidade armazenadora, passando pela pré-limpeza, secagem e o armazenamento propriamente dito em silos. É fundamental compreender que a pós-colheita não tem a capacidade de melhorar a qualidade do grão colhido, mas sim de preservá-la. Portanto, o manejo inadequado nesta fase pode resultar em perdas quantitativas e qualitativas irreversíveis, como o aumento de grãos quebrados, trincados, amarelecidos ou deteriorados por fungos e pragas, comprometendo todo o esforço realizado no campo.
Redução controlada de umidade: O foco central é reduzir o teor de água dos grãos, geralmente colhidos entre 18% e 23%, para um patamar seguro de armazenamento entre 12% e 13%, interrompendo processos metabólicos de degradação.
Controle de temperatura: A gestão da temperatura da massa de grãos armazenada é vital, sendo 18°C o nível ideal para inibir o desenvolvimento de pragas e preservar a qualidade culinária do arroz.
Sistemas de secagem: A operação pode ocorrer via secagem natural (em terreiros) ou artificial (silos secadores estacionários, convencionais ou mistos), sendo a artificial predominante comercialmente pela capacidade de processar grandes volumes com uniformidade.
Pré-limpeza essencial: Antes da secagem, o arroz passa por processos para remoção de impurezas, como palha, torrões de terra e materiais estranhos, o que otimiza a eficiência dos secadores e a aeração nos silos.
Monitoramento de pragas: Envolve a vigilância constante contra insetos e roedores, exigindo estruturas limpas e, quando necessário, tratamentos fitossanitários para evitar perdas de massa e qualidade.
Ponto de colheita e secagem: A eficiência da pós-colheita começa no campo; colher com umidade muito alta (acima de 23%) encarece a secagem e gera grãos imaturos, enquanto colher muito seco (abaixo de 15%) aumenta a quebra mecânica e perdas por debulha.
Resfriamento pós-secagem: Após passar pelo calor do secador, é obrigatório realizar o resfriamento dos grãos antes do armazenamento definitivo para evitar choques térmicos que causam trincas e reduzem o rendimento de inteiros.
Higienização de silos: A limpeza rigorosa das unidades armazenadoras antes de receber a nova safra é crucial para eliminar focos de infestação residual de pragas e esporos de fungos do ciclo anterior.
Perdas técnicas: Mesmo com manejo adequado, existem perdas naturais de massa (quebra técnica) entre 1,5% e 4% durante a armazenagem; o controle ineficiente pode elevar drasticamente esses índices, gerando prejuízo financeiro.
Planejamento logístico: O dimensionamento da capacidade de recepção e secagem deve ser feito antes do plantio para evitar gargalos na colheita, impedindo que o arroz úmido fique parado em caminhões e inicie processos fermentativos indesejados.
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Armazenagem do arroz: a importância dessa atividade, umidade e temperatura ideais, silos para armazenamento e controle de pragas.