Armazenamento do Algodão: Como Preservar Qualidade da Fibra e Semente
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A pós-colheita do algodão refere-se ao conjunto crítico de operações e manejos realizados imediatamente após a retirada dos capulhos da lavoura, estendendo-se pelo transporte, beneficiamento e, principalmente, o armazenamento do produto final. No contexto do agronegócio brasileiro, onde a qualidade da fibra é um diferencial competitivo para exportação, esta etapa é determinante para a rentabilidade do cotonicultor. O objetivo central é preservar as características intrínsecas da fibra (como comprimento, resistência e cor) e a viabilidade da semente, protegendo o material contra deterioração física, química e biológica.
Este processo abrange duas fases distintas de manejo: o tratamento do algodão em caroço (antes do descaroçamento) e do algodão em pluma (após o beneficiamento). O sucesso na pós-colheita depende de infraestrutura adequada e protocolos rígidos para evitar a contaminação por impurezas e o excesso de umidade. Falhas nesta etapa podem resultar em deságios comerciais severos, uma vez que a indústria têxtil penaliza fortemente lotes com fibras amareladas, fermentadas ou contaminadas por materiais estranhos.
Controle de Umidade: Monitoramento rigoroso do teor de água, com níveis ideais distintos para cada estado do produto (12% para algodão em caroço e 10% para algodão em pluma).
Segregação de Tipos: Manejo diferenciado para o armazenamento do produto bruto (em caroço) e do produto beneficiado (em pluma), exigindo estruturas específicas para cada um.
Prevenção de Cavitomia: Foco em evitar a fermentação biológica da fibra, conhecida como cavitomia, que ocorre devido à umidade e calor excessivos, podendo levar à combustão espontânea.
Organização Logística: Estruturação de pilhas e lotes dentro dos armazéns seguindo normas de segurança, com distanciamento adequado entre fardos, paredes e teto.
Isolamento do Solo: Obrigatoriedade do uso de estrados ou pallets para impedir o contato direto da fibra com o piso, bloqueando a ascensão de umidade.
A umidade na pluma acima de 15% é um ponto crítico que inicia processos de deterioração e proliferação de fungos, comprometendo irreversivelmente a qualidade.
A contaminação por materiais estranhos (penas, pelos de animais, plásticos) é um dos maiores problemas na pós-colheita, pois muitas vezes só é detectada no final do processo industrial, gerando grandes prejuízos.
O armazenamento inadequado causa o amarelamento progressivo da fibra e a perda de reflexão da luz, o que rebaixa a classificação do “tipo” do algodão e seu valor de mercado.
Para a segurança do patrimônio, é essencial respeitar os limites de empilhamento (máximo de 4 fardos de altura e lotes de até 1.500 fardos) e manter corredores de acesso para combate a incêndios.
O tempo de armazenamento pode ser indeterminado, desde que as condições de temperatura, umidade e limpeza do ambiente sejam estritamente mantidas conforme as recomendações técnicas.
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