Lagarta-Rosada no Algodão: Guia Completo de Identificação e Manejo Integrado
Lagarta-rosada: veja quais são as características, fases de cultivo em que causa maiores danos, como identificar, estratégias de MIP e mai
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Ler o Guia Principal sobre Pragas do Algodão →A categoria “Pragas do Algodão” engloba o complexo de insetos e ácaros que atacam a cultura do algodoeiro (Gossypium hirsutum) em seus diferentes estádios fenológicos, representando um dos maiores desafios para a rentabilidade da cotonicultura brasileira. No Brasil, devido às condições tropicais e ao sistema de produção intensivo, a pressão dessas pragas é constante e severa, exigindo um monitoramento rigoroso desde o estabelecimento da lavoura até a colheita e o período de entressafra. Embora existam centenas de espécies catalogadas, o foco agronômico recai sobre um grupo restrito de insetos economicamente significativos, capazes de causar danos diretos às estruturas reprodutivas (botões florais, flores e maçãs) ou reduzir a área foliar e o vigor da planta.
O manejo desses organismos não se resume apenas à aplicação de inseticidas, mas envolve um conjunto de estratégias dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP). O cenário brasileiro é dominado pela presença do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), considerada a praga-chave da cultura, mas também inclui complexos de lagartas (como Helicoverpa spp., Spodoptera spp. e a lagarta-rosada), percevejos, pulgões, mosca-branca e ácaros. A dinâmica populacional desses insetos é influenciada diretamente pelo manejo da soqueira (restos culturais), pelo cumprimento do vazio sanitário e pela rotação de culturas, fatores determinantes para evitar a “ponte verde” que permite a sobrevivência das pragas entre as safras.
Danos às Estruturas Reprodutivas: As pragas mais agressivas, como o bicudo e a lagarta-rosada, atacam diretamente os botões florais e as maçãs (capulhos), comprometendo a formação da fibra e causando perdas irreversíveis de produtividade e qualidade.
Hábito Polífago: Muitas pragas do algodão, especialmente as lagartas do gênero Spodoptera e Helicoverpa e a mosca-branca, são polífagas, ou seja, alimentam-se também de outras culturas importantes como soja e milho, o que facilita sua permanência na área durante todo o ano agrícola.
Capacidade de Sobrevivência na Entressafra: Insetos como o bicudo possuem mecanismos de diapausa ou se abrigam em soqueiras e plantas tigueras mal manejadas, sobrevivendo ao período sem a cultura principal para reinfestar a próxima safra com alto vigor.
Resistência a Defensivos: O uso repetitivo de mesmos princípios ativos tem selecionado populações resistentes, tornando o controle químico isolado cada vez menos eficiente e exigindo a rotação de mecanismos de ação.
Ataque em Fases Distintas: O complexo de pragas atua em sucessão; pragas iniciais (como tripes e pulgões) atacam no desenvolvimento vegetativo, enquanto o complexo de lepidópteros e o bicudo intensificam os danos na fase reprodutiva.
Obrigatoriedade da Destruição de Soqueira: A eliminação física e química dos restos culturais (soqueira) logo após a colheita é a medida profilática mais importante para quebrar o ciclo biológico de pragas como o bicudo-do-algodoeiro e a lagarta-rosada, sendo obrigatória por lei em muitos estados.
Nível de Controle e Monitoramento: A aplicação de defensivos deve ser baseada em amostragem técnica (ex: contagem de maçãs atacadas ou número de insetos por metro), respeitando os níveis de dano econômico, e não realizada de forma calendarizada ou preventiva sem critérios.
Manejo de Resistência (MRI): A utilização de tecnologias Bt (algodão geneticamente modificado) auxilia no controle de lagartas, mas exige o plantio de áreas de refúgio para evitar a seleção de insetos resistentes e a perda da eficácia da tecnologia.
Identificação Correta: A distinção precisa entre espécies semelhantes (como diferenciar a lagarta Helicoverpa armigera de outras do mesmo complexo) é crucial, pois a suscetibilidade aos inseticidas varia drasticamente entre elas.
Vazio Sanitário: O respeito rigoroso ao período de vazio sanitário (geralmente 60 dias sem plantas vivas de algodão na área) é fundamental para reduzir a população inicial de pragas na safra seguinte, diminuindo os custos com defensivos.
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