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O que é Pragas Do Feijão

“Pragas do Feijão” refere-se ao complexo de insetos e organismos nocivos que incidem sobre a cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris) ao longo de seu ciclo produtivo, causando danos econômicos significativos às lavouras brasileiras. No contexto agronômico, o manejo desses agentes é um dos pilares para garantir a produtividade, uma vez que o feijão é uma cultura de ciclo curto e alta sensibilidade, onde o ataque severo em fases críticas pode resultar em perdas irreversíveis de estande ou rendimento de grãos. A ocorrência e a severidade dessas pragas variam conforme a região produtora, a época de semeadura (águas, seca ou inverno) e as condições climáticas.

A classificação dessas pragas é frequentemente associada ao estádio fenológico da planta e ao tipo de dano causado. Nas fases iniciais (V0 a V3), predominam as pragas de solo, como a lagarta-rosca e a lagarta-elasmo, que atacam sementes e plântulas, comprometendo o estande. Durante o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, surgem os insetos desfolhadores (como a lagarta-enroladeira e vaquinhas) e os sugadores (como a cigarrinha-verde e a mosca-branca). O controle eficiente exige a identificação correta da espécie e o entendimento de que cada fase da planta apresenta uma tolerância diferente ao ataque, demandando estratégias integradas de monitoramento e intervenção.

Principais Características

  • Sazonalidade e Clima: A incidência de certas pragas é fortemente influenciada pelo clima; por exemplo, a lagarta-elasmo e a cigarrinha-verde tendem a causar danos mais severos em períodos de seca e altas temperaturas.

  • Hábitos Alimentares Distintos: O complexo inclui insetos mastigadores (lagartas e vaquinhas) que consomem tecido foliar e raízes, e insetos picadores-sugadores (cigarrinhas) que extraem seiva e injetam toxinas.

  • Danos Irreversíveis no Início: Pragas de fase inicial, como a Agrotis ipsilon (lagarta-rosca), cortam as plântulas rente ao solo, causando falhas no estande que muitas vezes exigem o replantio da área.

  • Mimetismo de Sintomas: Alguns danos, especificamente os causados pela cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri), manifestam-se como amarelamento e encarquilhamento foliar, sendo frequentemente confundidos com estresse hídrico ou deficiência nutricional.

  • Polifagia: Muitas dessas pragas são polífagas, sobrevivendo em plantas daninhas, tigueras ou outras culturas (como soja e milho) na entressafra, o que facilita a reinfestação na safra seguinte.

Importante Saber

  • Monitoramento Fenológico: A chave para o controle não é apenas identificar a praga, mas saber em qual estádio fenológico (V0 a R9) a cultura está, pois isso define o Nível de Dano Econômico e a escolha do produto fitossanitário.

  • Confusão no Diagnóstico: É crucial diferenciar o ataque da cigarrinha-verde de problemas fisiológicos; o ataque bloqueia o floema e causa a “queima” das bordas das folhas, o que pode levar a perdas de até 90% se não controlado.

  • Manejo Integrado de Pragas (MIP): A rotação de princípios ativos e o uso de sementes tratadas e de qualidade são fundamentais para evitar resistência e proteger a planta nos estágios mais vulneráveis.

  • Atenção à Desfolha: Embora o feijoeiro tolere certo nível de desfolha, ataques intensos de lagartas como a enroladeira (Hedylepta indicata) reduzem drasticamente a área fotossintética, impactando o enchimento de grãos.

  • Porta de Entrada para Doenças: Além do dano direto, as lesões causadas por insetos mastigadores e sugadores servem como porta de entrada para fungos, bactérias e viroses que podem dizimar a lavoura.

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