Gergelim: Como Fazer o Plantio, Colheita e Manejo [Guia Completo]
Gergelim é uma cultura rentável e resistente à seca. Aprenda como plantar, fazer o manejo de pragas e a colheita neste guia completo.
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As pragas do gergelim englobam o conjunto de insetos e organismos que atacam a cultura do Sesamum indicum em seus diferentes estágios de desenvolvimento, desde a emergência das plântulas até a maturação das cápsulas. Embora o gergelim seja reconhecido por sua rusticidade e resistência à seca, ele não é imune a ataques bióticos. No contexto do agronegócio brasileiro, especialmente com a expansão da área plantada em estados como Mato Grosso — muitas vezes em sucessão à soja ou milho —, o manejo dessas pragas tornou-se um fator decisivo para a viabilidade econômica da lavoura.
A presença desses agentes nocivos pode comprometer severamente a produtividade, seja através da redução da área foliar (desfolha), danos diretos aos frutos (cápsulas) ou sucção de seiva, que enfraquece a planta e pode transmitir viroses. O controle ineficiente resulta em perdas quantitativas, com menor número de sementes colhidas, e qualitativas, afetando o teor de óleo e a sanidade dos grãos. Portanto, o conhecimento sobre a entomofauna associada ao gergelim é vital para o planejamento agrícola e para a implementação do Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Diversidade de Hábitos Alimentares: O complexo de pragas inclui insetos mastigadores, como a lagarta-enroladeira (Antigastra catalaunalis) e formigas cortadeiras (Atta spp.), e insetos sugadores, como a mosca-branca (Bemisia tabaci), pulgões (Aphis sp.) e a cigarrinha-verde (Empoasca sp.).
Danos Diretos e Indiretos: Enquanto lagartas podem destruir as flores e perfurar as cápsulas (dano direto na produção), os insetos sugadores frequentemente atuam como vetores de doenças virais e favorecem o aparecimento de fumagina, reduzindo a taxa fotossintética.
Ação da Lagarta-enroladeira: Considerada a praga-chave da cultura no Brasil, a Antigastra catalaunalis tece teias que unem as folhas terminais, protegendo-se enquanto se alimenta do parênquima foliar, flores e cápsulas jovens.
Vulnerabilidade Inicial: O gergelim possui um crescimento inicial lento, tornando-o extremamente suscetível ao ataque de formigas e lagartas nas primeiras semanas, o que pode reduzir drasticamente o estande de plantas.
Polifagia: Muitas das pragas que atacam o gergelim são polífagas, ou seja, também se alimentam de outras culturas comuns no sistema produtivo brasileiro, como soja e algodão, facilitando a migração de insetos entre lavouras vizinhas ou em sucessão.
Monitoramento Constante: A implementação do Manejo Integrado de Pragas (MIP) é obrigatória para o sucesso da lavoura. O monitoramento deve começar logo após a emergência, pois o ataque de formigas saúvas pode dizimar uma área em pouco tempo.
Identificação da Praga-Chave: O produtor deve estar atento aos primeiros sinais da lagarta-enroladeira, como folhas unidas por teias e excrementos visíveis. O controle tardio desta praga é difícil, pois a teia oferece proteção contra a pulverização.
Impacto na Qualidade do Grão: Pragas que atacam as cápsulas não apenas reduzem o peso da colheita, mas também deixam as sementes expostas a fungos e umidade, depreciando o valor comercial do produto final.
Controle de Vetores: O controle de mosca-branca e pulgões é essencial não apenas pelo dano físico, mas para evitar a disseminação de viroses e a filoidia, doenças que causam deformações severas e esterilidade nas plantas.
Rotação de Culturas: Deve-se considerar o histórico de pragas da área. O plantio de gergelim próximo a lavouras de algodão ou soja em final de ciclo pode exigir atenção redobrada devido à migração da mosca-branca.
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