Percevejo-de-Pintas-Amarelas: Como Proteger sua Lavoura
Nova praga da Ásia, o percevejo-de-pintas-amarelas ameaça a lavoura. Saiba como identificar, os danos que causa e as melhores estratégias de manejo.
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Pragas invasoras são organismos exóticos — insetos, ácaros, plantas daninhas ou patógenos — que, ao serem introduzidos em um novo ecossistema onde não ocorriam naturalmente, conseguem se estabelecer e disseminar, causando impactos econômicos, sociais ou ambientais severos. No contexto do agronegócio brasileiro, a chegada dessas espécies representa um desafio fitossanitário constante, uma vez que elas geralmente entram no país através do trânsito internacional de mercadorias, como visto recentemente com a detecção do percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo) no Porto de Santos.
Esses organismos são frequentemente classificados como pragas quarentenárias, pois possuem alto potencial de causar prejuízos às lavouras e ainda não estão amplamente distribuídos pelo território nacional, estando sob controle oficial. A ausência de inimigos naturais nativos no novo ambiente favorece a multiplicação rápida dessas pragas, dificultando o controle biológico natural e exigindo estratégias de manejo mais complexas por parte dos produtores.
A vigilância fitossanitária é a principal barreira contra essas ameaças. Quando uma praga invasora como o percevejo asiático se instala, ela pode comprometer a produtividade de commodities essenciais, como soja e milho, além de afetar a fruticultura. A adaptação a diferentes condições climáticas e a capacidade de sobreviver em diversos hospedeiros tornam a erradicação difícil após o estabelecimento da população, exigindo ação rápida e coordenada entre governo e setor produtivo.
Alta Polifagia: Pragas invasoras, como o Erthesina fullo, costumam se alimentar de uma grande variedade de plantas, atacando desde grãos (soja e milho) até frutíferas e hortaliças.
Capacidade Reprodutiva Elevada: Apresentam ciclos de vida curtos e alta taxa de postura de ovos (fêmeas podem colocar de 50 a 200 ovos por vez), o que gera explosões populacionais rápidas.
Adaptabilidade Climática: Possuem grande facilidade em se ajustar a novos ambientes e condições climáticas variadas, o que favorece sua dispersão por diferentes regiões agrícolas do Brasil.
Ausência de Predadores Naturais: Por serem exóticas, essas pragas raramente encontram inimigos naturais eficientes no local de introdução, o que reduz a mortalidade natural da espécie.
Mobilidade e Dispersão: Insetos invasores geralmente possuem alta mobilidade, podendo voar ou serem transportados passivamente, colonizando novas áreas em pouco tempo.
Identificação Visual: É crucial saber reconhecer a praga; no caso do percevejo-de-pintas-amarelas, atente-se ao corpo marrom-acinzentado com pintas amarelas laterais e tamanho entre 1,2 a 1,5 cm.
Danos Diretos e Indiretos: Além de sugar a seiva e enfraquecer a planta, reduzindo a produtividade, essas pragas podem atuar como vetores, transmitindo doenças fúngicas e bacterianas entre as culturas.
Impacto na Qualidade: O ataque direto aos frutos e grãos causa manchas, deformações e queda prematura, depreciando o valor comercial do produto final e dificultando a exportação.
Monitoramento Constante: A detecção precoce é fundamental; produtores devem manter vigilância rigorosa, especialmente em áreas próximas a portos ou rotas de escoamento de cargas.
Desafios no Manejo: O controle químico nem sempre é imediato ou seletivo; o uso excessivo de inseticidas de amplo espectro pode desequilibrar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) já estabelecido na fazenda.
Notificação Obrigatória: A presença de suspeita de pragas quarentenárias ou invasoras desconhecidas deve ser comunicada imediatamente aos órgãos de defesa agropecuária estaduais ou federais.
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