Pragas no Plantio da Soja: Conheça as 4 Principais Ameaças Iniciais
Pragas no plantio da soja: Como controlar corós, percevejo-castanho-da-raiz, lagarta-rosca, lagarta elasmo e evitar prejuízos na lavoura
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Ler o Guia Principal sobre Pragas no Plantio da Soja →O conceito de “Pragas no Plantio da Soja” refere-se ao complexo de insetos que atacam a cultura durante a fase de estabelecimento da lavoura, compreendendo o período desde a germinação da semente até os estágios iniciais de desenvolvimento vegetativo. No cenário agrícola brasileiro, este grupo é composto majoritariamente por pragas de hábito subterrâneo ou de superfície, como os corós, o percevejo-castanho-da-raiz, a lagarta-rosca e a lagarta-elasmo. A presença desses organismos é crítica, pois eles comprometem diretamente o estande de plantas, atacando o sistema radicular e o colo das plântulas, o que pode levar à morte prematura da soja.
A importância de controlar essas ameaças reside no fato de que a soja não possui capacidade de compensação total para falhas severas no estande inicial. Diferente de pragas desfolhadoras que atacam mais tarde, os danos causados no plantio são frequentemente irreversíveis sem o replantio, gerando prejuízos econômicos elevados logo no início da safra. O manejo dessas pragas exige uma abordagem preventiva e técnica, visto que, uma vez que o dano é visualizado na parte aérea (plantas murchas ou mortas), o sistema radicular já foi severamente comprometido.
No contexto do agronegócio nacional, especialmente em áreas de plantio direto, o manejo dessas pragas é desafiador devido à proteção que a palhada oferece e ao ciclo de vida de alguns insetos, que podem permanecer no solo de uma safra para outra. Portanto, entender a dinâmica dessas pragas é fundamental para garantir a uniformidade da lavoura e proteger o potencial produtivo das sementes de alto vigor utilizadas atualmente.
Ataque ao Sistema Radicular e Colo: A maioria dessas pragas, como os corós e o percevejo-castanho, alimenta-se das raízes ou corta o caule da planta rente ao solo (lagarta-rosca), impedindo a absorção de água e nutrientes.
Ocorrência em Reboleiras: Diferente de pragas aéreas que se dispersam pelo vento, as pragas de solo tendem a atacar em manchas concentradas (reboleiras), o que exige um monitoramento espacial detalhado.
Hábito Subterrâneo ou Noturno: Muitas dessas pragas, como os corós (larvas de besouros), vivem enterradas no solo, enquanto outras, como a lagarta-elasmo, abrigam-se na terra durante o dia, dificultando a visualização direta sem escavação.
Sazonalidade e Clima: O ciclo de vida dessas pragas está frequentemente ligado ao início do período chuvoso e à umidade do solo, embora algumas, como a lagarta-elasmo, tenham seus danos potencializados em períodos de veranico ou seca logo após o plantio.
Redução do Estande: A característica mais marcante do ataque é a “falha” na linha de plantio, resultando em uma população de plantas abaixo do planejado e desuniformidade na lavoura.
Histórico da Área é Fundamental: Antes de plantar, é crucial analisar o histórico do talhão. Áreas com incidência anterior de corós ou percevejo-castanho têm alta probabilidade de reinfestação, exigindo planejamento antecipado.
Monitoramento Prévio (Trincheiras): O monitoramento deve ser feito antes da semeadura, através da abertura de trincheiras ou buracos no solo para quantificar a presença de larvas e insetos, permitindo a tomada de decisão baseada no Nível de Controle.
Tratamento de Sementes (TSI): Esta é uma das estratégias mais eficientes para a proteção inicial. O uso de inseticidas sistêmicos nas sementes protege a plântula durante a fase mais vulnerável, garantindo o arranque inicial.
Aplicação no Sulco de Semeadura: Para áreas com alta pressão de pragas de solo, a aplicação de defensivos diretamente no sulco de plantio oferece uma barreira adicional de proteção para o sistema radicular em desenvolvimento.
Manejo Integrado de Pragas (MIP): A aplicação de inseticidas foliares preventivos (“carona”) sem monitoramento é desaconselhada, pois pode não atingir pragas protegidas sob o solo, elevar custos e eliminar inimigos naturais.
Influência do Sistema de Plantio: Em sistemas convencionais, o revolvimento do solo pode expor larvas a predadores e ao sol, reduzindo a população, enquanto no plantio direto o controle químico e a rotação de culturas ganham maior peso.
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