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O que é Pragas Quarentenárias

Pragas quarentenárias são organismos de importância econômica potencial para uma área em perigo, onde ainda não estão presentes ou, se presentes, não se encontram amplamente distribuídas e estão sob controle oficial. No contexto do agronegócio brasileiro, essa classificação é fundamental para a defesa sanitária vegetal, sendo regulamentada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O conceito abrange qualquer ser vivo que prejudique as plantas, incluindo insetos, ácaros, fungos, bactérias, vírus, nematoides e plantas daninhas. O objetivo principal dessa categorização é prevenir a introdução de novas ameaças (pragas exóticas) e conter a disseminação daquelas que já adentraram o território nacional, mas ainda estão restritas a certas regiões.

A definição dessas pragas baseia-se em estudos técnicos conhecidos como Análise de Risco de Pragas (ARP), que avaliam a probabilidade de entrada, estabelecimento e disseminação de um organismo, bem como as consequências econômicas e ambientais resultantes. Quando uma praga quarentenária se estabelece em uma lavoura, ela pode inviabilizar a produção, aumentar drasticamente os custos de manejo e fechar mercados internacionais para a exportação dos produtos agrícolas brasileiros devido a barreiras fitossanitárias. Portanto, o entendimento e o monitoramento dessas pragas são responsabilidades compartilhadas entre o governo, técnicos e produtores rurais para garantir a segurança alimentar e a viabilidade econômica do setor.

Principais Características

  • Classificação A1 (Ausentes): Refere-se às pragas exóticas que não têm ocorrência registrada no território nacional. Representam uma ameaça externa constante e são alvo de fiscalização rigorosa em portos, aeroportos e fronteiras.

  • Classificação A2 (Presentes): São pragas que já foram introduzidas no país, mas não estão disseminadas em todas as regiões produtoras. Elas são submetidas a programas oficiais de controle do governo para evitar que alcancem áreas livres.

  • Alto Potencial de Dano: Caracterizam-se pela capacidade de causar prejuízos econômicos severos, muitas vezes por não possuírem inimigos naturais eficientes no novo ambiente ou encontrarem hospedeiros altamente suscetíveis.

  • Abrangência Biológica: O termo “praga” na legislação é amplo, englobando qualquer agente biótico nocivo, desde microrganismos patogênicos até plantas invasoras.

  • Controle Oficial: Diferente de pragas comuns, as quarentenárias exigem notificação obrigatória e medidas de contenção coordenadas pelo Estado, podendo incluir a destruição de lavouras e quarentena de áreas.

Importante Saber

  • Prevenção e Exclusão: A estratégia mais eficiente é impedir a entrada da praga na propriedade. Isso exige o uso rigoroso de sementes e mudas certificadas, além da higienização de máquinas e implementos agrícolas que transitam entre diferentes regiões.

  • Monitoramento e Notificação: Ao identificar sintomas atípicos ou organismos desconhecidos na lavoura, o produtor ou agrônomo deve comunicar imediatamente os órgãos de defesa sanitária estaduais ou o Mapa. A detecção precoce é crucial para a erradicação.

  • Polifagia e Riscos: Muitas pragas quarentenárias são polífagas, ou seja, alimentam-se de diversas culturas (como soja, milho e algodão). Isso facilita seu estabelecimento e dificulta o manejo, como ocorreu com a Helicoverpa armigera.

  • Triângulo da Doença: Para que uma praga ou doença se estabeleça, é necessária a interação simultânea entre o patógeno, o hospedeiro e um ambiente favorável. O manejo preventivo busca quebrar um desses elos.

  • Impacto nas Exportações: A presença de uma praga quarentenária pode resultar em embargos comerciais por parte de países importadores, afetando não apenas a fazenda infectada, mas toda a cadeia produtiva nacional daquela cultura.

  • Atualização Constante: As listas de pragas A1 e A2 são dinâmicas e atualizadas periodicamente pelo Mapa. Profissionais da agronomia devem consultar as instruções normativas vigentes para planejar a defesa sanitária adequadamente.

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