Preparo da Colhedeira: O Checklist Essencial para Evitar Perdas na Safra
A produtividade da atividade agrícola depende de inúmeros fatores, desde o preparo do solo, plantio, manejo da lavoura e colheita. Por estar no final do ciclo,
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A preparação de colheitadeira consiste em um rigoroso protocolo de inspeção, manutenção preventiva e calibração realizado antes do início da janela de colheita. No contexto do agronegócio brasileiro, onde os prazos operacionais são frequentemente estreitos devido a fatores climáticos e ao planejamento de sucessão de culturas (como a safrinha), esta etapa é determinante para a eficiência operacional e o resultado econômico da lavoura. O processo visa garantir que todos os sistemas da máquina — desde o motor e transmissão até os mecanismos específicos de corte, trilha e limpeza — estejam em condições ideais para suportar a carga de trabalho intensa e contínua.
Esta prática vai além da simples troca de óleo e filtros; ela envolve o ajuste fino dos componentes internos para minimizar perdas quantitativas (grãos deixados no campo) e qualitativas (grãos quebrados ou com impurezas). Uma preparação adequada reduz drasticamente o risco de paradas não planejadas por falhas mecânicas, que podem custar caro ao produtor em momentos críticos da safra. Além disso, engloba a verificação de tecnologias embarcadas, como monitores de produtividade e sistemas de piloto automático, assegurando que a coleta de dados e a agricultura de precisão funcionem corretamente durante a operação.
Manutenção Preventiva: Foco na antecipação de falhas através da substituição de peças de desgaste natural, como correias, rolamentos, buchas e filtros, realizada preferencialmente na entressafra.
Calibração de Sistemas de Trilha: Ajuste específico da abertura do côncavo, rotação do cilindro/rotor e velocidade do ventilador, adaptados para o tipo de cultura (soja, milho, trigo, etc.) e condições da lavoura.
Revisão da Plataforma de Corte: Verificação minuciosa da afiação das facas (navalhas), alinhamento dos dedos do molinete e folgas nos componentes de alimentação, essenciais para evitar perdas na entrada da máquina.
Inspeção de Fluxo de Grãos: Análise dos elevadores, caracóis e peneiras para garantir que o transporte interno do produto ocorra sem obstruções ou danos mecânicos ao grão.
Verificação Tecnológica: Testes de funcionalidade de sensores de perdas, GPS, sistemas de telemetria e calibração dos monitores de colheita.
Planejamento na Entressafra: A revisão deve ser iniciada com antecedência suficiente para permitir a compra de peças e a realização de reparos complexos sem a pressão do início da colheita.
Foco na Plataforma: Estudos agronômicos indicam que a maior parte das perdas de colheita ocorre no sistema de corte e alimentação; portanto, navalhas cegas ou dedos quebrados geram prejuízos imediatos.
Equilíbrio na Regulagem: Existe um “ponto ótimo” entre a limpeza do grão e a perda pelo exaustor; peneiras muito fechadas ou vento excessivo podem jogar grãos limpos fora junto com a palha.
Sistemas Auxiliares e Segurança: A verificação deve incluir o sistema de iluminação (para colheitas noturnas), ar-condicionado (conforto do operador) e itens de segurança contra incêndios, comuns em dias secos.
Documentação e Histórico: Manter um registro das manutenções e peças trocadas ajuda na gestão da frota e na previsão de custos para as próximas safras.
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