Os 10 Artigos Mais Lidos de 2018: O Que Realmente Importou para o Produtor Rural
Em 2018, o Blog da Aegro trouxe matérias sobre a agricultura de ponta a ponta: desde a compra de sementes, até a venda da produção. Veja aqui as 10 melhores!
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A produtividade de milho refere-se à medida de rendimento da cultura por unidade de área, expressa no Brasil majoritariamente em sacas de 60 kg por hectare (sc/ha) ou toneladas por hectare. Este indicador é o resultado final da interação complexa entre o potencial genético do híbrido escolhido, as condições edafoclimáticas (solo, chuva, temperatura e luminosidade) e o nível tecnológico do manejo agronômico aplicado pelo produtor rural. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o cereal é cultivado em duas épocas distintas — a safra de verão e a safrinha (segunda safra) —, a produtividade é a métrica determinante para a rentabilidade da lavoura, diluindo os custos fixos de produção.
Além de ser um dado obtido após a colheita, o conceito abrange a estimativa de produtividade, uma prática gerencial fundamental realizada durante o desenvolvimento da cultura. Estimar a produtividade antes da entrada das máquinas no campo permite ao agricultor projetar o volume total de grãos que será colhido. Essa antecipação transforma um dado agronômico em uma ferramenta estratégica de gestão, possibilitando o planejamento antecipado da logística de transporte, o dimensionamento da capacidade de armazenamento (silos e armazéns) e a tomada de decisões comerciais mais seguras, como o travamento de preços ou vendas futuras.
Composição pelos componentes de rendimento: A produtividade final é construída pela soma de fatores biológicos: população de plantas (estande final), número de espigas por hectare, número de fileiras e grãos por espiga, e o peso de mil grãos (PMG).
Alta resposta à tecnologia: O milho é uma cultura exigente que responde linearmente ao investimento em fertilidade do solo (especialmente Nitrogênio), qualidade de sementes e proteção contra pragas e doenças.
Sazonalidade e janelas de plantio: No Brasil, a produtividade varia significativamente entre a primeira safra (verão), que costuma ter tetos produtivos mais altos devido ao ciclo mais longo e chuvas regulares, e a safrinha, que possui janela de cultivo mais restrita e maiores riscos climáticos.
Variabilidade espacial: Dentro de um mesmo talhão, a produtividade não é uniforme, variando conforme manchas de solo, compactação e disponibilidade hídrica, o que justifica o uso de agricultura de precisão.
Previsibilidade matemática: Diferente de outras culturas mais complexas, o milho permite estimativas de safra com alta acurácia através de métodos de contagem de espigas e grãos em pontos amostrais.
Amostragem para estimativa: Para calcular a produtividade antes da colheita, é crucial realizar amostragens aleatórias e representativas em vários pontos do talhão, evitando escolher apenas as “melhores espigas”, o que superestimaria o resultado e prejudicaria o planejamento.
Fórmula de cálculo: O método prático envolve contar o número de espigas em 10 metros lineares, multiplicar pelo número médio de grãos por espiga e pelo peso estimado do grão, extrapolando o valor para um hectare conforme o espaçamento entre linhas.
Planejamento logístico: Uma estimativa precisa de produtividade evita gargalos operacionais, como a falta de caminhões na hora da colheita ou a superlotação de silos, reduzindo perdas pós-colheita.
Segurança na comercialização: Produtores que conhecem sua produtividade estimada têm maior segurança para negociar contratos futuros (Barter ou venda antecipada), evitando o risco de washout (multa por não entrega do volume contratado).
Reposição de nutrientes: Altas produtividades exportam grandes quantidades de nutrientes do solo. É fundamental calcular a extração feita pela colheita do milho para planejar a adubação de reposição para a cultura subsequente, garantindo a sustentabilidade do sistema produtivo.
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