Colheita de Arroz: Estratégias para Otimizar e Reduzir Perdas
Colheita de arroz: Ponto ideal para colher, regulagem do maquinário, como contabilizar e perdas e outras orientações para seu arrozal.
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A produtividade do arroz é um indicador técnico que mensura a eficiência da lavoura, relacionando a quantidade de grãos colhidos por unidade de área (geralmente em sacas ou quilogramas por hectare) com a qualidade industrial final do produto. No contexto do agronegócio brasileiro, especialmente na região Sul, que concentra a maior parte da produção, esse conceito vai além do volume bruto trazido do campo. Ele engloba o rendimento de grãos inteiros após o beneficiamento, visto que a rentabilidade do produtor é diretamente afetada pela integridade física do grão e pela minimização de defeitos.
Para alcançar altos índices de produtividade, o manejo deve ser assertivo em todas as etapas, mas a colheita assume um papel protagonista. É nesta fase que se define o sucesso da safra, pois erros operacionais ou de planejamento podem comprometer todo o investimento realizado no ciclo. A produtividade real é o resultado do potencial genético da cultivar, somado às condições edafoclimáticas e subtraído pelas perdas — sejam elas naturais (degrana), fisiológicas (grãos imaturos) ou mecânicas (regulagem inadequada de maquinário).
Portanto, entender a produtividade do arroz exige uma visão holística que integra o ciclo da cultura (fases vegetativa e reprodutiva) com a precisão operacional. O objetivo final não é apenas encher o silo, mas garantir que o grão colhido tenha o peso, a sanidade e o teor de umidade corretos para maximizar o rendimento no descasque e polimento, evitando descontos comerciais excessivos na hora da venda.
Dependência do Ponto de Colheita: A produtividade é maximizada quando a colheita ocorre no momento de maturação fisiológica ideal, equilibrando o peso do grão com a sua resistência mecânica.
Teor de Umidade Crítico: O intervalo de umidade dos grãos entre 18% e 23% é característico para a obtenção dos melhores resultados, minimizando tanto a quebra por ressecamento quanto o esmagamento por excesso de água.
Rendimento Industrial: Uma característica vital é a proporção de grãos inteiros versus quebrados; colheitas precoces geram grãos “gessados” (imaturos e quebradiços), enquanto colheitas tardias aumentam a incidência de trincas.
Influência do Ciclo da Cultivar: A duração do ciclo, que varia de 100 a 140 dias para arroz irrigado e até 155 dias para sequeiro, determina a janela de colheita e o planejamento logístico da operação.
Suscetibilidade a Perdas Mecânicas: A cultura apresenta alta sensibilidade à regulagem da colheitadeira, onde a maior parte das perdas quantitativas ocorre na plataforma de corte.
Monitoramento Visual da Panícula: Para identificar o início da colheita sem equipamentos, observe se cerca de dois terços (2/3) da panícula apresentam coloração madura, o que indica proximidade do ponto ideal.
Impacto da Regulagem de Máquinas: Estudos indicam que até 70% das perdas na colheita de arroz podem ocorrer na plataforma de corte; portanto, a velocidade do molinete e a altura de corte devem ser ajustadas constantemente.
Consequências da Colheita Antecipada: Colher antes do tempo resulta em grãos malformados e gessados, que possuem menor valor de mercado e reduzem o rendimento total da lavoura após o beneficiamento.
Riscos da Colheita Tardia: Atrasar a entrada da máquina aumenta significativamente a degrana natural (queda dos grãos no campo) e a quebra dos grãos durante a trilha devido à baixa umidade.
Teste Prático de Campo: O “teste do tato” é uma ferramenta rápida para decisão; se o grão quebrar ao ser apertado, está pronto para colheita. Se apenas amassar, ainda contém muita umidade e precisa de mais tempo.
Planejamento Regional: O calendário de colheita varia conforme a região (fevereiro a maio no Sul) e deve ser planejado considerando a data de plantio e o ciclo específico do material genético utilizado.
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