Pulgão na Lavoura: Identificação e Controle [2025]
Pulgão na lavoura: aprenda a identificar, conheça os principais tipos e danos. Guia completo de controle químico e biológico para proteger sua produção em 2025.
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O pulgão na soja refere-se à infestação de insetos da ordem Hemiptera, família Aphididae, na cultura da soja. Estes organismos, conhecidos popularmente como afídeos ou piolhos-de-planta, são pragas sugadoras de seiva que podem comprometer significativamente a produtividade da lavoura. Embora sejam insetos pequenos, medindo entre 1,5 mm e 3 mm, sua capacidade de multiplicação assexuada (partenogênese) permite que colônias densas se formem em poucos dias, colonizando rapidamente grandes áreas de plantio.
No contexto do agronegócio brasileiro, a presença de pulgões na soja exige monitoramento constante, pois eles competem pelos fotoassimilados da planta, drenando nutrientes essenciais para o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Além do dano direto pela sucção da seiva, a praga é vetor de viroses e injeta toxinas que causam o encarquilhamento das folhas e deformações nas hastes. Se o ataque ocorrer no início do estágio reprodutivo da cultura, as perdas de produtividade podem chegar a 40%, impactando diretamente a rentabilidade do produtor.
A ocorrência desses insetos é favorecida por condições climáticas específicas, como temperaturas entre 25 °C e 27 °C, e situações de estresse hídrico na planta. A praga costuma iniciar o ataque em reboleiras e, se não controlada, dispersa-se por meio de formas aladas para o restante da lavoura. O manejo inadequado pode levar ao acúmulo de “mela” (honeydew) nas folhas, favorecendo o aparecimento de fumagina, um fungo que bloqueia a fotossíntese.
Morfologia e Tamanho: Insetos de corpo mole e formato ovoide, medindo de 1,5 mm a 3 mm, sem separação clara entre cabeça e tórax.
Coloração Variável: Na soja, é comum encontrar espécimes de coloração amarelo-palha ou verde-translúcido, embora existam variações mais escuras.
Ciclo Biológico Rápido: O ciclo completo dura em média de 15 a 25 dias, com ninfas atingindo a fase adulta em cerca de cinco dias sob temperaturas ideais.
Reprodução Assexuada: Capacidade de realizar partenogênese (fêmeas geram clones sem necessidade de machos), o que acelera exponencialmente a infestação.
Excreção de Honeydew: Produção de uma substância açucarada que recobre as folhas e serve de substrato para o fungo da fumagina.
Polifagia: Capacidade de se alimentar de diversas culturas além da soja, como milho e algodão, o que facilita sua permanência no sistema produtivo ao longo do ano.
Sinais de Infestação: O ataque geralmente começa na face inferior das folhas e nos brotos mais novos; plantas atacadas apresentam folhas amareladas, encarquilhadas e desenvolvimento retardado.
Danos Indiretos: A presença de fumagina (camada escura sobre as folhas) reduz a área fotossintética da planta, agravando a perda de vigor causada pela sucção de seiva.
Monitoramento de Reboleiras: A identificação precoce deve focar em pequenas áreas concentradas (reboleiras), pois a dispersão para o talhão inteiro ocorre rapidamente através de pulgões alados.
Influência do Clima: Períodos de seca ou veranicos tornam a soja mais suscetível, pois o estresse hídrico altera a fisiologia da planta, tornando-a mais atrativa para a praga.
Impacto Econômico: O controle deve ser estratégico, visando evitar que a população da praga atinja níveis que causem danos irreversíveis, especialmente durante a floração e enchimento de grãos.
Vetores de Doenças: Além do dano físico, é crucial lembrar que pulgões são vetores eficientes de vírus, podendo introduzir patógenos que comprometem a sanidade da lavoura de forma sistêmica.
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