Irrigação com Drip Protection: Economia de Água e Aplicação Precisa de Insumos
Irrigação com drip protection: saiba o que é, como funciona esse sistema, as vantagens, desvantagens e as manutenções que devem ser feitas
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A quimigação é uma técnica agrícola avançada que consiste na aplicação de produtos químicos — como fertilizantes, defensivos agrícolas (inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas), reguladores de crescimento e agentes biológicos — através da água do sistema de irrigação. No contexto do agronegócio brasileiro, essa prática representa uma evolução significativa em relação aos métodos convencionais de pulverização, pois utiliza a infraestrutura hidráulica já instalada na lavoura para distribuir insumos diretamente ao solo ou à zona radicular das plantas, otimizando recursos e tempo operacional.
Embora o termo seja frequentemente associado à fertirrigação (aplicação exclusiva de nutrientes), a quimigação é um conceito mais amplo que engloba o manejo fitossanitário e a proteção de cultivos. A técnica é amplamente utilizada em sistemas de alta tecnologia, como o gotejamento (incluindo tecnologias como o Drip Protection) e a aspersão via pivô central. Sua adoção tem crescido no Brasil devido à necessidade de aumentar a eficiência no uso de insumos, reduzir os custos com maquinário e minimizar a compactação do solo causada pelo tráfego intenso de tratores e pulverizadores.
A eficiência da quimigação está diretamente ligada à uniformidade do sistema de irrigação. Quando bem dimensionada, a técnica permite que o produto químico atinja o alvo — seja ele o sistema radicular da cultura ou pragas de solo — com alta precisão e menor risco de deriva. Além disso, oferece flexibilidade operacional, permitindo intervenções rápidas no controle de pragas e doenças, independentemente das condições de tráfego do terreno, desde que o manejo da água seja respeitado.
Aplicação Localizada e Precisa: Em sistemas como o gotejamento, a quimigação entrega o produto diretamente na zona de absorção das raízes, aumentando a eficiência de absorção e reduzindo perdas por volatilização ou escorrimento superficial.
Redução de Custos Operacionais: A técnica elimina a necessidade de múltiplas entradas de maquinário na lavoura para pulverização, o que resulta em economia de combustível, menor desgaste de equipamentos e redução da mão de obra necessária.
Segurança do Operador: Por se tratar de um sistema fechado de injeção, a exposição direta dos trabalhadores aos defensivos agrícolas é drasticamente reduzida em comparação com a pulverização convencional, aumentando a segurança no trabalho.
Menor Compactação do Solo: Ao utilizar a rede hidráulica para a distribuição de insumos, evita-se o tráfego pesado de tratores sobre as linhas de plantio, preservando a estrutura física do solo e favorecendo o desenvolvimento radicular.
Flexibilidade de Manejo: Permite a aplicação de produtos em momentos críticos do ciclo da cultura, inclusive quando o porte das plantas ou a umidade do solo impediriam a entrada de pulverizadores terrestres.
Compatibilidade e Solubilidade: É fundamental garantir que os produtos utilizados sejam formulados especificamente para quimigação ou sejam altamente solúveis em água. O uso de produtos incompatíveis pode causar a precipitação de sólidos, resultando no entupimento irreversível de gotejadores e filtros.
Equipamentos de Segurança Obrigatórios: Para evitar a contaminação ambiental, o sistema de injeção deve obrigatoriamente contar com válvulas de retenção e dispositivos anti-refluxo, impedindo que a calda química retorne para a fonte de água (rios, poços ou reservatórios) em caso de falha na bomba.
Uniformidade de Distribuição: A eficácia do tratamento químico é espelho da eficiência da irrigação. Se o sistema de irrigação estiver desregulado ou com baixa uniformidade, a aplicação do defensivo também será irregular, podendo causar fitotoxidez em algumas áreas e subdosagem em outras.
Monitoramento do pH e Condutividade: A injeção de produtos químicos pode alterar o pH da água e a condutividade elétrica. O monitoramento constante é necessário para evitar reações químicas indesejadas na tubulação e garantir que a solução final não prejudique a absorção de nutrientes pelas plantas.
Legislação e Responsabilidade Técnica: A prática da quimigação exige receituário agronômico e deve seguir rigorosamente as instruções de bula dos produtos, respeitando os períodos de carência e as dosagens recomendadas para evitar resíduos nos alimentos e contaminação do lençol freático.
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