Regulagem de Pulverizador: Guia para Aplicação Eficiente
Como anda a regulagem do pulverizador? Você sabe o tamanho ideal das gotas? Quais bicos utilizar? Confira!
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A regulagem de pulverizador é um conjunto de procedimentos técnicos fundamentais dentro da tecnologia de aplicação, visando garantir que os defensivos agrícolas sejam distribuídos de maneira uniforme, na dose correta e no alvo desejado. No contexto do agronegócio brasileiro, onde os custos com insumos representam uma parcela significativa do orçamento da safra, a regulagem correta é a principal barreira contra o desperdício financeiro e a ineficiência agronômica. O processo não se resume apenas a ajustar a máquina, mas envolve a interação harmônica entre o equipamento, o produto químico, a cultura e as condições ambientais.
Na prática, a regulagem busca evitar dois extremos prejudiciais: a subdosagem, que falha no controle de pragas, doenças ou plantas daninhas, podendo gerar resistência; e a superdosagem, que causa fitotoxidez na lavoura, contaminação ambiental e prejuízo econômico direto. Estudos indicam que a falta de calibração adequada pode resultar em perdas de até 70% do produto aplicado, seja por escorrimento, evaporação ou deriva. Portanto, dominar a regulagem é essencial para transformar o potencial do defensivo em produtividade real no campo.
Seleção de Pontas (Bicos): É o componente mais crítico da regulagem, determinando a vazão e o espectro de gotas (finas, médias ou grossas) adequados para cada tipo de alvo e produto (sistêmico ou de contato).
Ajuste de Pressão: A pressão de trabalho influencia diretamente o tamanho da gota e o ângulo de abertura do jato; pressões excessivas podem aumentar o risco de deriva, enquanto pressões baixas podem comprometer a cobertura.
Velocidade de Deslocamento: A manutenção de uma velocidade constante é vital, pois variações durante a operação alteram a taxa de aplicação (litros por hectare), desuniformizando a distribuição da calda.
Altura da Barra: A definição correta da altura da barra em relação ao alvo (geralmente 50 cm acima da cultura para bicos de jato plano) é essencial para garantir a sobreposição correta dos jatos e evitar falhas na faixa de aplicação.
Agitação da Calda: O sistema de agitação do tanque deve ser regulado para manter a mistura homogênea durante toda a operação, evitando a decantação de produtos sólidos ou a separação de fases em emulsões.
Condições Climáticas: Mesmo com o pulverizador regulado, a aplicação deve respeitar os limites climáticos: temperatura abaixo de 30°C, umidade relativa acima de 55% e ventos entre 3 e 10 km/h para evitar deriva ou evaporação.
Manutenção dos Bicos: Bicos desgastados ou com vazão 10% superior à nominal devem ser trocados imediatamente, pois comprometem toda a precisão do cálculo de volume de calda.
Qualidade da Água: A água utilizada na mistura deve ser limpa e ter o pH corrigido conforme a necessidade do defensivo, pois impurezas e pH inadequado podem degradar o princípio ativo ou entupir filtros e pontas.
Rotação da TDP: Em pulverizadores tratorizados, a Tomada de Potência deve operar na rotação correta (geralmente 540 rpm) para garantir que a bomba gere a pressão e a vazão calculadas durante a calibração.
Segurança Operacional: Todo processo de regulagem e verificação de vazão (teste do copinho) deve ser realizado com o pulverizador abastecido apenas com água limpa e com o operador utilizando os EPIs completos.
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