Rochagem: Como Usar Pó de Rocha para Melhorar Solo e Reduzir Custos
Rochagem ajuda na fertilidade do solo e pode reduzir os custos da safra, além de outros benefícios. Veja o passo a passo de como realizá-la!
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A remineralização de solos, técnica frequentemente denominada rochagem, consiste na aplicação de rochas moídas (pó de rocha) em estado natural diretamente nas áreas de cultivo agrícola. Diferente da adubação química convencional, que utiliza minerais processados industrialmente para garantir alta e rápida solubilidade, a remineralização visa recompor o equilíbrio mineral do perfil do solo de forma gradual. O objetivo central é devolver ao sistema produtivo não apenas macronutrientes, mas também uma vasta gama de micronutrientes e elementos traço que são constantemente exportados nas colheitas ou perdidos por processos de lixiviação e erosão.
No contexto do agronegócio brasileiro, esta prática tem ganhado relevância estratégica como uma ferramenta para reduzir a dependência externa de fertilizantes importados e mitigar a volatilidade dos custos de produção. Regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), especificamente pela Instrução Normativa nº 5 de 2016, a remineralização exige que os materiais rochosos atendam a critérios rigorosos de composição geoquímica, mineralógica e granulometria. Mais do que um simples fornecimento de nutrientes, o remineralizador atua como um condicionador de solo, melhorando suas propriedades físicas, químicas e, fundamentalmente, estimulando a atividade biológica necessária para a sustentabilidade da lavoura.
Liberação Gradual: A disponibilização dos nutrientes ocorre lentamente, dependendo do intemperismo natural acelerado pela interação com a acidez do solo e a atividade dos microrganismos.
Ação Condicionadora: Além de nutrir, atua na melhoria das propriedades físico-químicas do solo, auxiliando no equilíbrio do pH e no aumento da Capacidade de Troca de Catiões (CTC).
Granulometria Específica: A eficiência do produto depende do tamanho das partículas; quanto mais fino o pó, maior a superfície de contato e mais rápida a reação no solo.
Estímulo Biológico: A rocha moída serve de substrato para a microbiota do solo, que ao decompor o material, libera nutrientes para as plantas, criando um ciclo virtuoso.
Composição Multimineral: Fornece uma “dieta completa” para o solo, incluindo silício, cálcio, magnésio, potássio e diversos micronutrientes essenciais, diferindo dos formulados NPK concentrados.
Dependência Biológica: Para que a rochagem funcione plenamente, é indispensável que o solo tenha boa presença de matéria orgânica e atividade biológica, pois são os ácidos orgânicos e exsudatos das raízes que solubilizam a rocha.
Estratégia Complementar: A remineralização não deve ser vista como uma substituição imediata e total da adubação química, mas sim como uma prática complementar que permite a redução gradual dos insumos solúveis ao longo das safras.
Segurança e Regulação: É fundamental utilizar apenas produtos registrados e com laudos técnicos que garantam a eficiência agronômica e a segurança quanto aos limites de metais pesados ou elementos tóxicos.
Logística e Custo: Devido ao grande volume de material necessário (toneladas por hectare), a viabilidade econômica da técnica está frequentemente atrelada à distância entre a jazida da rocha e a propriedade rural (custo do frete).
Efeito Residual: Diferente dos adubos muito solúveis que podem ser lixiviados rapidamente, os remineralizadores possuem um efeito residual prolongado, construindo a fertilidade do solo a longo prazo.
Desenvolvimento Radicular: A presença de silicatos e o equilíbrio nutricional proporcionado pela rochagem favorecem o crescimento de raízes mais vigorosas e profundas, aumentando a resistência da planta à seca.
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