Sementes Certificadas: Novas Regras para Proteger sua Lavoura
A escolha da semente define a safra. Entenda a importância das sementes certificadas, os riscos das piratas e as novas regras para garantir sua produtividade.
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Sementes certificadas são materiais de propagação vegetal produzidos sob um rigoroso processo de controle de qualidade, rastreabilidade e fiscalização, regido no Brasil pela Lei nº 10.711/2003, que institui o Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM). Diferente de grãos comerciais ou sementes “salvas” sem procedência técnica, a semente certificada passa por inspeções oficiais em todas as etapas — desde o plantio dos campos de produção, passando pelo roguing (eliminação de plantas atípicas), colheita, até o beneficiamento e a embalagem. O objetivo é garantir que o produto final atenda aos padrões mínimos de pureza e germinação exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
A certificação é o mecanismo que assegura ao agricultor a identidade genética do material, confirmando que o lote adquirido corresponde exatamente à cultivar descrita, com todas as suas características tecnológicas, como resistência a pragas, doenças ou tolerância a herbicidas. Além da genética, esse processo valida atributos físicos, fisiológicos e sanitários, oferecendo um insumo com procedência conhecida. O uso desses materiais é considerado o alicerce para o estabelecimento de lavouras de alto desempenho, mitigando riscos associados a falhas de estande e introdução de patógenos na propriedade.
Garantia dos quatro atributos de qualidade: Assegura excelência nos aspectos genético (pureza varietal), físico (ausência de impurezas e sementes de outras espécies), fisiológico (alto vigor e germinação) e sanitário (livre de pragas e doenças).
Rastreabilidade de origem: Permite identificar todo o histórico do lote, desde a origem genética até o produtor responsável e a categoria da semente (Básica, C1, C2), garantindo transparência.
Conformidade com normas do MAPA: O material obedece estritamente aos padrões oficiais de identidade e qualidade estabelecidos para cada cultura (como soja, milho e feijão), oferecendo segurança jurídica.
Uniformidade e Padronização: Lotes homogêneos em tamanho e formato, o que facilita a regulagem de plantadeiras e assegura uma distribuição espacial correta das plantas no campo.
Vigor elevado: Sementes colhidas próximas ao ponto de maturação fisiológica ideal, resultando em uma emergência rápida e uniforme, essencial para o bom estabelecimento inicial da cultura.
Riscos das sementes piratas: O uso de sementes ilegais é um dos principais vetores de disseminação de plantas daninhas de difícil controle e doenças nas lavouras brasileiras, além de resultar em lavouras desuniformes.
Retorno sobre o investimento: Embora o custo inicial seja superior ao de sementes não certificadas, a garantia de um estande de plantas vigoroso e o maior potencial produtivo compensam o investimento através da produtividade final.
Suporte ao melhoramento genético: A aquisição de sementes certificadas contribui para a remuneração da tecnologia e financia a pesquisa de novas cultivares mais produtivas e adaptadas às diferentes regiões do Brasil.
Cuidados no armazenamento: A certificação garante a qualidade até a entrega, mas o armazenamento inadequado na fazenda (excesso de calor ou umidade) pode causar danos latentes e perda de vigor antes do plantio.
Documentação e fiscalização: O produtor deve exigir e guardar a documentação fiscal e os certificados do lote (Atestado de Origem Genética ou Certificado de Semente), essenciais para auditorias, crédito agrícola e seguro rural.
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