Ferrugem Asiática da Soja: 9 Fatos Essenciais para Proteger Sua Lavoura
Ferrugem asiática da soja é principal doença das lavouras do Brasil. Estudos mostram que já causou prejuízos de cerca de US$20 Bilhões.
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Os sintomas da ferrugem asiática referem-se ao conjunto de manifestações visuais e fisiológicas que a planta de soja apresenta quando infectada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. No contexto do agronegócio brasileiro, a identificação correta e precoce desses sinais é um dos maiores desafios fitossanitários, uma vez que a doença possui um potencial destrutivo extremamente elevado, podendo comprometer de 10% a 90% da produtividade se não manejada adequadamente. A manifestação visual ocorre após a penetração e colonização do tecido foliar pelo patógeno, indicando que o ciclo da doença já está estabelecido na lavoura.
A detecção dos sintomas exige conhecimento técnico apurado, pois as lesões iniciais são minúsculas e facilmente confundidas com outras doenças foliares, como a mancha parda ou o crestamento bacteriano. A evolução dos sintomas é rápida e agressiva, levando à necrose do tecido foliar e à desfolha prematura, o que interrompe o ciclo de enchimento de grãos. Portanto, compreender a sintomatologia não é apenas uma questão biológica, mas uma estratégia econômica fundamental para a tomada de decisão sobre a aplicação de fungicidas e o manejo da cultura.
Pontuações Iniciais: Os primeiros sinais visíveis são pequenas pontuações (menores que 1 mm) nas folhas, apresentando uma coloração levemente mais escura que o tecido sadio ou acinzentada, muitas vezes exigindo contra luz para visualização.
Presença de Urédias: A característica diagnóstica mais importante é a formação de urédias, que são estruturas reprodutivas do fungo semelhantes a pequenas bolhas ou saliências, localizadas principalmente na face inferior (abaxial) da folha.
Evolução da Coloração: Com o amadurecimento do fungo, as urédias mudam de cor, passando de transparentes para uma tonalidade castanho-clara ou marrom-avermelhada (tan), momento em que se rompem para liberar os esporos.
Clorose e Necrose: As áreas ao redor das lesões começam a amarelar (clorose) e, conforme a infecção avança e as lesões se unem, o tecido morre (necrose), reduzindo drasticamente a área fotossintética da planta.
Desfolha Prematura: Em estágios avançados, a planta sofre uma queda severa das folhas, impedindo a completa formação das vagens e o enchimento dos grãos, resultando em grãos chochos e de baixo peso.
Uso de Lupa é Indispensável: A identificação a olho nu nas fases iniciais é praticamente impossível; o uso de uma lupa de bolso com aumento de pelo menos 20x é obrigatório para visualizar as urédias no verso da folha.
Monitoramento do Baixeiro: A doença geralmente inicia-se nas folhas do baixeiro (parte inferior da planta), onde a umidade é maior e a incidência de luz é menor, criando um microclima favorável ao fungo.
Confirmação Laboratorial: Em casos de dúvida, especialmente no início da safra ou em primeiras ocorrências na região, é recomendável enviar amostras foliares para clínicas de fitopatologia para diferenciar a ferrugem de outras doenças.
Janela de Controle: A visualização dos sintomas indica que o fungo já está esporulando; portanto, o controle deve ser imediato, pois a eficiência dos fungicidas curativos é menor do que a dos preventivos.
Impacto no Enchimento de Grãos: A severidade dos sintomas está diretamente ligada à perda de produtividade; quanto mais cedo a desfolha ocorrer durante o estágio reprodutivo, maior será o prejuízo econômico.
Plantas Voluntárias (Tiguera): Os sintomas também devem ser monitorados em plantas de soja guaxa ou tiguera na entressafra, pois elas servem como “ponte verde” para a sobrevivência e multiplicação do inóculo.
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