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O que é Soja Convencional

A soja convencional refere-se às cultivares desenvolvidas por meio do melhoramento genético clássico, sem a inserção de genes de outras espécies, diferindo-se das variedades transgênicas (OGMs) amplamente difundidas no Brasil. Embora não possua eventos biotecnológicos para resistência a herbicidas não seletivos (como o glifosato) ou a lagartas específicas, essas plantas contam com tecnologias intrínsecas que garantem alto teto produtivo, vigor e adaptação às diversas regiões edafoclimáticas do país.

No cenário do agronegócio brasileiro, a soja convencional mantém uma relevância estratégica, representando uma parcela significativa da produção em estados como o Mato Grosso. Ela atende a nichos de mercado específicos, tanto internos quanto externos (especialmente Europa e Ásia), que demandam produtos livres de transgênicos. Além do aspecto comercial, agronomicamente ela funciona como uma ferramenta vital para o manejo de resistência, permitindo a rotação de princípios ativos de defensivos e contribuindo para a sustentabilidade do sistema produtivo.

Principais Características

  • Desenvolvimento via melhoramento genético clássico, resultando em plantas com alta capacidade produtiva e resistência natural a diversas doenças, sem modificação genética artificial.

  • Isenção de pagamento de royalties associados a tecnologias biotecnológicas (como RR ou IPRO), o que reduz significativamente o custo operacional de produção por hectare.

  • Exigência de manejo químico diferenciado, impossibilitando o uso de glifosato em pós-emergência da cultura e demandando o uso de herbicidas seletivos convencionais.

  • Potencial produtivo competitivo, apresentando desempenho agronômico, estabilidade, arquitetura de planta e sanidade equiparáveis às principais cultivares transgênicas.

  • Valorização comercial diferenciada, com possibilidade de recebimento de prêmios (bônus) por saca em programas de certificação e exportação para mercados Non-GMO.

Importante Saber

  • O planejamento do controle de plantas daninhas deve ser rigoroso, priorizando a dessecação antecipada e o uso de pré-emergentes, visto que o manejo de resgate é mais limitado e complexo do que na soja transgênica.

  • A segregação logística é obrigatória para garantir o prêmio de venda; é necessário evitar a contaminação cruzada com grãos transgênicos durante a colheita, transporte, secagem e armazenamento.

  • O uso de sementes certificadas é fundamental para assegurar a pureza varietal e genética, garantindo que a lavoura esteja livre de contaminação transgênica desde o momento do plantio.

  • A cultura atua como uma excelente estratégia dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e auxilia na quebra do ciclo de resistência de plantas daninhas aos herbicidas mais comuns.

  • A escolha da cultivar deve ser validada regionalmente, considerando o grupo de maturação e a resistência às doenças locais, pois o sucesso da lavoura convencional depende intrinsecamente da adaptação genética ao ambiente.

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