Soqueira de Cana: 5 Estratégias para Produtividade e Rentabilidade
Soqueira cana-de-açúcar: Saiba quais cuidados tomar desde a preparação do solo até a colheita e alcance uma melhor produtividade.
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A soqueira da cana-de-açúcar refere-se à parte da planta que permanece no solo após o corte dos colmos durante a colheita, compreendendo o sistema radicular e a base dos talos onde se localizam as gemas basais. É a partir dessas estruturas remanescentes que ocorre a rebrota, dando início a um novo ciclo produtivo conhecido como “cana-soca” ou, nos cortes subsequentes, “ressoca”. No sistema de produção brasileiro, a cana é uma cultura semiperene, o que significa que um único plantio é projetado para sustentar múltiplas safras (cortes) consecutivas, tornando a saúde da soqueira determinante para a diluição dos custos de implantação e para a rentabilidade do canavial.
O manejo da soqueira representa uma fase crítica na agronomia canavieira, pois a tendência natural da cultura é apresentar uma redução progressiva de produtividade (toneladas de cana por hectare
Dependência de Reservas: O arranque inicial da brotação depende quase exclusivamente das reservas nutricionais armazenadas nos rizomas e raízes da soqueira até que a nova parte aérea se desenvolva.
Sensibilidade à Competição: Apresenta alta vulnerabilidade à matocompetição, especialmente no período crítico entre 30 e 90 dias após o corte, exigindo controle rigoroso de plantas daninhas.
Vulnerabilidade Mecânica: As gemas basais estão expostas a danos físicos causados pelo pisoteio de máquinas durante a colheita, o que pode gerar falhas na linha de plantio e morte das touceiras.
Adaptação Varietal: A capacidade de rebrota vigorosa é uma característica genética; algumas variedades respondem melhor ao manejo de soqueira do que outras, influenciando a decisão de plantio.
Sistema Radicular Estabelecido: Diferente da cana-planta, a soqueira já possui um sistema radicular, embora este precise ser estimulado e muitas vezes renovado para manter a eficiência na absorção de água e nutrientes.
Planejamento desde o Plantio: A longevidade e a produtividade da soqueira são definidas antes mesmo do primeiro corte, dependendo da qualidade das mudas, da profundidade de plantio e da escolha de variedades adaptadas ao clima e solo da região.
Manejo de Daninhas: A escolha de herbicidas deve considerar o cenário da colheita (soca seca, úmida ou semi-seca) e a presença de palhada no solo, que pode interferir na eficácia de produtos pré-emergentes.
Prevenção da Compactação: O tráfego controlado e o ajuste da bitola das máquinas são fundamentais para evitar o esmagamento das linhas de cana, o que compacta o solo e impede o desenvolvimento das raízes da soqueira.
Nutrição Específica: A adubação da soqueira deve focar na reposição do que foi extraído na safra anterior, sendo comum a aplicação de fertilizantes na superfície ou incorporados nas entrelinhas para sustentar o vigor da rebrota.
Ponto de Renovação: É crucial monitorar a produtividade safra a safra; quando a soqueira atinge um nível de produção inferior ao custo operacional de manutenção, indica-se a reforma da área, preferencialmente com rotação de culturas.
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