Guia Completo do Sorgo: Do Plantio à Colheita para Máxima Produtividade
Sorgo: entenda quais são as condições ideais de cultivo, principais pragas, doenças e manejo de plantas daninhas
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O sorgo granífero é uma variedade específica da espécie Sorghum bicolor (L.) Moench, geneticamente selecionada para priorizar a produção de grãos em detrimento da massa verde ou do acúmulo de açúcares no colmo. Diferente das variedades forrageiras ou de biomassa, esta planta apresenta porte baixo e arquitetura adaptada para maximizar o rendimento da panícula (cacho), sendo uma cultura de ciclo C4 com alta eficiência fotossintética. No agronegócio brasileiro, o sorgo granífero consolidou-se como uma estratégia fundamental para a segunda safra (safrinha), oferecendo uma alternativa robusta ao milho em regiões ou janelas de plantio com maior risco de déficit hídrico.
A principal finalidade econômica deste cereal é o suprimento da indústria de nutrição animal. Seus grãos possuem valor nutricional comparável ao do milho, servindo como fonte energética na formulação de rações para aves, suínos, bovinos de corte e leite. Além da venda do grão seco, a cultura também é utilizada para a produção de silagem de grão úmido ou reidratado, técnicas que visam melhorar a digestibilidade do amido. Devido à sua rusticidade e menor custo de produção, o sorgo granífero permite ao produtor rural diversificar riscos e manter a produtividade em áreas de solo com menor fertilidade ou em condições climáticas adversas.
Porte Baixo e Uniforme: As plantas atingem geralmente cerca de 170 cm de altura, uma característica selecionada para evitar o acamamento e facilitar a colheita mecanizada.
Panícula Compacta: A inflorescência é concentrada no topo da planta, sendo densa e aberta, o que favorece a formação e o enchimento dos grãos.
Sistema Radicular Agressivo: Possui raízes profundas e ramificadas, capazes de extrair água de camadas do solo onde outras culturas não alcançam, conferindo alta tolerância à seca.
Mecanização Total: Todo o ciclo produtivo, desde a semeadura até a colheita, é realizado com o mesmo maquinário utilizado nas culturas de soja e milho, sem necessidade de adaptações complexas.
Ciclo Produtivo: Apresenta ciclo determinado, variando conforme a cultivar (precoce a tardio), o que permite planejamento escalonado na safrinha.
Composição do Grão: Rico em amido e proteínas, com modernos híbridos apresentando baixos teores de tanino, o que melhora a palatabilidade e conversão alimentar.
Janela de Plantio: Embora seja mais rústico que o milho, o sorgo granífero não é imune ao clima; o plantio deve respeitar o zoneamento agrícola para evitar perdas por geadas ou seca extrema no florescimento.
Presença de Tanino: Ao escolher a semente, é crucial verificar a presença de taninos; cultivares sem tanino são preferíveis para monogástricos (aves e suínos), enquanto as com tanino têm maior resistência ao ataque de pássaros no campo.
Ponto de Colheita: A colheita deve ser realizada quando os grãos atingirem a umidade ideal (geralmente entre 14% e 17%) para evitar perdas na plataforma e custos excessivos de secagem, embora a colheita com umidade mais alta seja possível se houver estrutura de secagem imediata.
Manejo de Pragas: O pulgão-da-cana-de-açúcar e a lagarta-do-cartucho são pragas frequentes que exigem monitoramento constante, pois podem comprometer severamente a produtividade da panícula.
Rotação de Culturas: O sorgo produz uma excelente palhada com alta relação C/N (Carbono/Nitrogênio), protegendo o solo por mais tempo e auxiliando na supressão de plantas daninhas e na redução de alguns nematoides (dependendo do híbrido).
Comercialização: O preço do sorgo granífero geralmente é balizado em um percentual do preço do milho (comumente 70% a 90%), fator que deve ser considerado no cálculo de rentabilidade antes do plantio.
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