Tratamento de Sementes com Plasma Frio: Guia Completo da Tecnologia
Tratamento de plasma em sementes: entenda como funciona, como controla patógenos e melhora a produtividade das culturas agrícolas
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Ler o Guia Principal sobre Tratamento de Plasma em Sementes →O tratamento de sementes com plasma, especificamente o plasma frio (não térmico), é uma tecnologia inovadora de bioestimulação e sanitização que consiste na exposição das sementes a um gás parcialmente ionizado. Diferente dos tratamentos químicos convencionais (TSI), este é um processo físico e a seco. O plasma é gerado através de descargas elétricas em gases como oxigênio, nitrogênio ou ar atmosférico, criando um ambiente rico em íons, elétrons, radiação ultravioleta e espécies reativas. No contexto do agronegócio brasileiro, essa técnica ganha destaque por oferecer uma alternativa sustentável para melhorar o desempenho inicial das lavouras, especialmente em culturas de alto valor como a soja e o milho.
A tecnologia atua modificando as propriedades da superfície da semente e ativando seu metabolismo interno. Fisicamente, o plasma torna o tegumento (casca) mais hidrofílico, ou seja, aumenta sua afinidade com a água, o que acelera a embebição e, consequentemente, a germinação. Quimicamente, as Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) e Nitrogênio (RNS) geradas funcionam como sinalizadores celulares, quebrando a dormência e estimulando a defesa natural da planta. Além disso, o processo realiza uma “limpeza” superficial, eliminando fungos e bactérias patogênicas sem deixar resíduos tóxicos no solo ou na planta.
Aumento da hidrofilia: Altera a tensão superficial da semente, permitindo uma absorção de água mais rápida e uniforme, essencial para a uniformidade do estande.
Ação fungicida e bactericida: O bombardeamento de íons e a radiação UV eliminam microrganismos na superfície da semente, reduzindo a necessidade de defensivos químicos iniciais.
Processo a frio (Non-thermal): A temperatura do processo é controlada para não ultrapassar limites que danificariam o embrião, preservando a viabilidade da semente.
Bioestimulação fisiológica: As espécies reativas (ROS/RNS) atuam no metabolismo da semente, promovendo maior vigor, crescimento radicular mais robusto e melhor arranque inicial.
Sustentabilidade: É uma tecnologia limpa (“tecnologia verde”) que não utiliza água no processo e não gera efluentes ou resíduos químicos perigosos.
Calibração específica: Cada espécie de semente (e até cultivares diferentes) exige um protocolo específico de tempo, potência e tipo de gás; o excesso de exposição pode danificar a semente em vez de ajudar.
Resistência a estresses: Plantas oriundas de sementes tratadas com plasma tendem a apresentar maior tolerância a estresses abióticos comuns no Brasil, como déficit hídrico (seca) e altas temperaturas.
Tipos de equipamento: Existem tecnologias que operam a vácuo (LPRF
mais custosas e complexas) e em pressão atmosférica (DBD e Jato de Plasma
mais promissoras para escala industrial e fluxo contínuo).
Limitação de recuperação: O plasma potencializa sementes com vigor médio a alto e protege contra patógenos, mas não é capaz de recuperar a germinação de sementes mortas ou extremamente deterioradas.
Logística e Armazenamento: A redução da carga patogênica inicial pelo plasma pode aumentar a longevidade da semente durante o armazenamento, preservando sua qualidade até o momento do plantio.
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