Tratamento de Sementes: O Guia Essencial para Proteger sua Lavoura
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O tratamento de sementes de milho é uma prática agronômica preventiva que consiste na aplicação de defensivos químicos (fungicidas, inseticidas, nematicidas) e agentes biológicos à superfície das sementes antes da semeadura. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o cultivo ocorre em larga escala e muitas vezes em sucessão de culturas (como no sistema soja-milho safrinha), essa técnica atua como uma barreira sanitária inicial. O objetivo primordial é proteger o alto investimento realizado em sementes híbridas de alta tecnologia, garantindo que o potencial genético da cultivar seja preservado contra ataques bióticos nos estágios mais vulneráveis da planta.
Essa operação visa assegurar o estabelecimento do estande ideal de plantas, protegendo a semente desde o contato com o solo até as primeiras semanas após a emergência. Durante a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas, a cultura do milho é extremamente suscetível a fungos de solo causadores de tombamento e podridões, bem como a pragas subterrâneas e iniciais da parte aérea. Portanto, o tratamento não é apenas uma medida de segurança, mas um componente essencial do manejo para evitar falhas na lavoura que são irreversíveis após o fechamento do sulco de plantio.
Proteção do Estande: O foco central é garantir que o número de sementes plantadas corresponda ao número de plantas viáveis, evitando replantios e falhas nas linhas que comprometem a produtividade final.
Espectro de Ação Combinado: As receitas modernas combinam fungicidas (controle de Fusarium, Pythium, Rhizoctonia) e inseticidas sistêmicos (controle de percevejos, lagartas e vetores de viroses).
Predominância do TSI: No milho, há uma forte preferência pelo Tratamento de Sementes Industrial (TSI), que oferece maior precisão na dosagem (mg i.a./semente) e cobertura uniforme, reduzindo riscos de fitotoxidez comuns no tratamento “on farm”.
Uso de Polímeros e Aditivos: A tecnologia envolve o uso de polímeros para melhorar a fluidez da semente nos discos da plantadeira e reduzir o desprendimento de poeira tóxica durante o manuseio e transporte.
Ação Sistêmica: Além da proteção de contato no solo, muitos produtos são absorvidos pelas raízes e translocados para a parte aérea, conferindo resistência inicial contra pragas sugadoras.
Manejo da Cigarrinha: O tratamento com inseticidas específicos (como neonicotinoides) é a primeira linha de defesa contra a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), vetor dos enfezamentos, protegendo a planta na fase onde a infecção causa os danos mais severos.
Janela de Proteção Limitada: A eficácia residual do tratamento é temporária, geralmente protegendo a cultura apenas nos primeiros 15 a 25 dias após a emergência, sendo indispensável o monitoramento para pulverizações foliares subsequentes.
Risco de Fitotoxidez: Dosagens incorretas ou misturas incompatíveis de produtos podem causar fitotoxidez, resultando em atraso na germinação, raízes atrofiadas e plântulas anormais.
Armazenamento e Vigor: Sementes tratadas podem perder vigor e germinação mais rapidamente se armazenadas por longos períodos ou em condições inadequadas de temperatura e umidade, exigindo planejamento logístico eficiente.
Segurança e Legislação: O manuseio de sementes tratadas exige uso rigoroso de EPIs e respeito às distâncias de segurança de recursos hídricos, visto que a concentração de produto por semente é alta.
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