*Trichoderma*: O Guia Completo para Usar Este Fungo a Favor da Sua Lavoura
Controle Biológico com Trichoderma: Entenda como o fungo pode auxiliar no controle de doenças, seus mecanismos de ação e recomendações.
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O Trichoderma é um gênero de fungos de solo amplamente utilizado na agricultura brasileira como um dos principais agentes de controle biológico. Estes microrganismos habitam naturalmente a rizosfera — a região do solo sob influência direta das raízes — e desempenham um papel fundamental na decomposição de matéria orgânica e na ciclagem de nutrientes. No contexto do agronegócio, eles são valorizados pela capacidade de combater fitopatógenos que causam doenças radiculares e vasculares, oferecendo uma alternativa sustentável e eficaz para reduzir a dependência de defensivos químicos sintéticos.
Além de sua função protetora contra doenças, o Trichoderma atua significativamente como um promotor de crescimento vegetal. Ele estimula o desenvolvimento do sistema radicular e aumenta a eficiência na absorção de nutrientes, o que resulta em plantas mais vigorosas. Estudos indicam que sua presença pode aumentar a tolerância das culturas a estresses abióticos, como a seca e a deficiência nutricional, características vitais para a estabilidade produtiva em diversas regiões do Brasil. Sua aplicação é versátil, abrangendo desde o tratamento de sementes até a aplicação via sulco ou foliar em culturas como soja, milho, feijão e hortifrúti.
Mecanismos de ação múltiplos: Atua simultaneamente por micoparasitismo (ataque direto às hifas do patógeno), antibiose (produção de compostos tóxicos aos inimigos) e competição por recursos.
Colonização agressiva: Apresenta crescimento rápido e alta capacidade de dominar a rizosfera, criando uma barreira física e biológica que impede o estabelecimento de doenças.
Produção enzimática: Secreta um complexo de enzimas (como quitinases) capazes de degradar a parede celular de outros fungos, inviabilizando a germinação e o crescimento de patógenos.
Sobrevivência no solo: Possui a habilidade de formar estruturas de resistência, permitindo que o fungo permaneça viável no ambiente mesmo em condições adversas de clima ou falta de hospedeiros.
Indução de resistência sistêmica: Ao interagir com as raízes, o fungo “alerta” o sistema de defesa da planta, deixando-a preparada para responder mais rapidamente a ataques futuros.
Sensibilidade ambiental: Como se trata de um organismo vivo, a aplicação deve ser realizada preferencialmente em horários de temperaturas amenas e alta umidade, evitando a radiação UV intensa que pode inviabilizar os esporos.
Compatibilidade com químicos: É fundamental consultar a tabela de compatibilidade antes de misturar Trichoderma com fungicidas químicos, pois alguns produtos podem ser letais ao agente biológico.
Armazenamento rigoroso: A eficácia do produto depende da viabilidade do fungo; portanto, o armazenamento deve seguir estritamente as recomendações de temperatura e proteção contra luz do fabricante.
Ação preventiva: Embora tenha ação sobre patógenos, o Trichoderma apresenta melhores resultados quando utilizado de forma preventiva, estabelecendo-se no solo antes que a doença atinja níveis críticos.
Qualidade da cepa: A eficiência do controle biológico está diretamente ligada à qualidade e à concentração da cepa utilizada; produtos com baixa concentração de unidades formadoras de colônia (UFC) podem não entregar o resultado esperado.
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