Colheita de Milho: Como Reduzir Perdas e Aumentar Produtividade
Colheita de milho: maturação fisiológica do grão, umidade ideal, regulagem de maquinários e outros cuidados que fazem a diferença.
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Ler o Guia Principal sobre Umidade do Milho para Colheita →A umidade do milho para colheita refere-se ao teor de água presente nos grãos no momento da retirada da lavoura, sendo um dos indicadores mais críticos para o planejamento logístico e financeiro da produção de grãos. Embora a maturação fisiológica da planta ocorra quando o grão atinge o máximo acúmulo de matéria seca — identificada pelo aparecimento da “camada preta” na base do grão —, a umidade nesse estágio ainda gira em torno de 30% a 35%, o que é considerado alto para o processamento imediato e armazenamento seguro.
No contexto do agronegócio brasileiro, a definição do ponto ideal de colheita envolve um equilíbrio econômico e agronômico. O produtor deve ponderar entre colher o milho com umidade mais elevada (entre 18% e 25%) e arcar com os custos de secagem artificial, ou deixar o milho secar naturalmente no campo até atingir níveis próximos a 14%, correndo riscos maiores de perdas por acamamento, quebramento de plantas, ataque de pragas e deterioração por fungos devido a chuvas na entressafra.
Portanto, a gestão da umidade não é apenas uma questão de qualidade do grão, mas uma estratégia de rentabilidade. Colher no momento certo minimiza as perdas quantitativas na plataforma da colhedora e assegura a qualidade qualitativa do produto final, evitando grãos ardidos ou fermentados. O objetivo final é atingir a umidade de equilíbrio para armazenamento, geralmente fixada em 13%, garantindo a longevidade do produto no silo sem risco de aquecimento ou desenvolvimento de micotoxinas.
Maturação Fisiológica vs. Maturação de Colheita: A maturação fisiológica ocorre quando cessa a translocação de nutrientes (camada preta visível), com umidade entre 30-35%. Já a maturação de colheita ideal para maquinário situa-se geralmente entre 18% e 22% de umidade.
Faixa de Umidade para Armazenamento: Para que o milho seja armazenado com segurança e sem deterioração biológica, o teor de água deve ser reduzido para 13% a 13,5%. Valores acima disso exigem aeração constante ou secagem artificial imediata.
Impacto na Regulagem de Máquinas: O teor de umidade altera a elasticidade do grão e da espiga. Grãos muito úmidos exigem ajustes específicos na rotação do cilindro e na abertura do côncavo para evitar “amassamento”, enquanto grãos muito secos são mais suscetíveis à quebra mecânica.
Curva de Secagem no Campo: A taxa de perda de água natural do milho no campo varia conforme o híbrido, a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar. Em climas quentes, a perda pode chegar a 1% ao dia, mas desacelera em dias úmidos ou chuvosos.
Correlação com Perdas na Plataforma: Colheitas realizadas com umidade muito baixa (abaixo de 15%) tendem a apresentar maiores perdas na plataforma da colhedora devido ao desprendimento fácil dos grãos e ao tombamento de plantas secas.
Custo de Secagem (Taxa de Secagem): Ao entregar milho com umidade acima do padrão (geralmente 14%) em cooperativas ou cerealistas, o produtor sofre descontos no peso (quebra técnica) e paga taxas de secagem. É vital calcular se esse custo é menor do que o risco de perdas por deixar o milho secando no campo.
Monitoramento da Linha do Leite: Antes da camada preta, a “linha do leite” no grão é um indicador visual prático do estágio de maturação. Quando a linha do leite desaparece, o grão atingiu sua máxima deposição de amido.
Riscos de Micotoxinas: Manter o milho no campo por tempo excessivo para secagem natural aumenta a exposição a fungos do gênero Fusarium e Aspergillus, elevando o risco de grãos ardidos e presença de micotoxinas, o que desvaloriza o produto final.
Ajuste Fino da Colhedora: A colhedora deve ser regulada diariamente com base na umidade atual da lavoura. A colheita iniciada pela manhã (com orvalho e maior umidade) pode exigir configurações diferentes da colheita realizada no meio da tarde.
Amostragem Representativa: Para determinar a umidade média do talhão, não se deve coletar espigas apenas da bordadura. É necessário realizar uma amostragem em ziguezague dentro do talhão e utilizar medidores de umidade calibrados para uma tomada de decisão assertiva.
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