Mapeamento de Plantas Daninhas: Reduza Custos e Aumente Eficiência
Mapeamento de plantas daninhas: Veja o que é, a importância, os principais sistemas disponíveis no mercado, vantagens e desvantagens.
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O uso de drones na agricultura refere-se à aplicação de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) para otimizar processos de manejo, monitoramento e intervenção nas lavouras. No contexto do agronegócio brasileiro, essa tecnologia consolidou-se como um pilar fundamental da Agricultura de Precisão, permitindo que produtores e agrônomos obtenham uma visão aérea detalhada e dados quantitativos sobre a saúde da plantação, que seriam inviáveis ou muito custosos de se obter através do monitoramento terrestre manual ou de imagens de satélite de baixa resolução.
Esses equipamentos funcionam como plataformas de transporte para diversos tipos de sensores e câmeras (RGB, multiespectrais, termais) ou sistemas de pulverização. Diferente das imagens de satélite, que podem ser afetadas pela cobertura de nuvens e possuem menor frequência de atualização, os drones oferecem flexibilidade temporal e uma resolução espacial centimétrica. Isso permite identificar problemas em estágios iniciais, como falhas de plantio, estresse hídrico, deficiências nutricionais e, principalmente, a localização exata de plantas daninhas para controle localizado.
A adoção dessa tecnologia no Brasil visa, primordialmente, a eficiência operacional e a redução de custos. Ao substituir a aplicação de defensivos em área total pela aplicação em taxa variável ou localizada — baseada nos mapas gerados pelos drones —, o produtor consegue economizar insumos, reduzir o impacto ambiental e aumentar a rentabilidade por hectare. Além do monitoramento, o uso de drones de pulverização tem crescido exponencialmente para aplicações em áreas de difícil acesso ou onde o amassamento da cultura por tratores deve ser evitado.
Alta Resolução Espacial: Capacidade de gerar imagens com precisão de centímetros (GSD
Ground Sample Distance), permitindo a diferenciação entre a cultura comercial e plantas invasoras, bem como a identificação de reboleiras pequenas.
Versatilidade de Sensores: Possibilidade de acoplar diferentes tecnologias, desde câmeras visuais simples para inspeção até sensores multiespectrais para cálculo de índices de vegetação (como NDVI) e identificação de vigor das plantas.
Agilidade Operacional: Cobertura rápida de grandes extensões de terra em comparação ao caminhamento manual (scouting), fornecendo diagnósticos em tempo hábil para a tomada de decisão agronômica.
Integração com Maquinário: Os dados coletados e processados geram mapas de prescrição que podem ser inseridos diretamente nos computadores de bordo de pulverizadores e adubadoras para aplicações em taxa variável.
Tipos de Equipamento: Divide-se majoritariamente em dois grupos: asas fixas (maior autonomia, ideais para mapeamento de grandes áreas) e multirotores (maior manobrabilidade, ideais para pulverização e inspeção estática).
Regulamentação Obrigatória: A operação de drones agrícolas no Brasil exige conformidade com normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e, no caso de drones de pulverização, registro junto ao MAPA (Ministério da Agricultura).
Processamento de Dados: O voo é apenas a etapa de coleta. Para que as imagens se tornem úteis, é necessário softwares específicos de fotogrametria para processar as fotos e gerar ortomosaicos georreferenciados.
Economia de Defensivos: No controle de plantas daninhas, o mapeamento prévio com drones permite a elaboração de mapas de aplicação localizada (“catar” a planta daninha), o que pode reduzir drasticamente o volume de herbicida utilizado.
Condições Climáticas: A operação é sensível a fatores meteorológicos. Ventos fortes, chuva ou baixa luminosidade podem inviabilizar o voo ou comprometer a qualidade dos dados coletados e a deriva na pulverização.
Capacitação Técnica: Embora a pilotagem esteja cada vez mais automatizada, a interpretação agronômica dos mapas gerados requer conhecimento técnico para distinguir, por exemplo, uma mancha de solo exposto de uma reboleira de pragas.
Planejamento de Voo: A eficiência do uso de drones depende de um planejamento de voo adequado, considerando a sobreposição de imagens (overlap) e a altura de voo para garantir a resolução necessária para o objetivo agronômico (ex: contar plantas vs. mapear topografia).
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