Vassourinha-de-Botão: Como Identificar e Controlar Esta Daninha
Vassourinha-de-botão: conheça as características da planta daninha, os danos causados nas culturas, produtos indicados para controle e mais!
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Ler o Guia Principal sobre Vassourinha de Botão →A Vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata) é uma planta daninha nativa da América tropical, pertencente à família Rubiaceae, que se tornou uma preocupação significativa para o agronegócio brasileiro. Conhecida popularmente por diversos nomes, como erva-botão, perpétua-do-mato e cordão-de-frade, esta espécie invasora possui alta capacidade de adaptação e infestação, afetando tanto áreas de pastagens quanto lavouras de culturas anuais importantes, como soja, milho e algodão.
Sua relevância no cenário agrícola atual deve-se não apenas à sua agressividade na competição por recursos, mas também à dificuldade de controle. A planta demonstra grande rusticidade, desenvolvendo-se bem até mesmo em solos ácidos e de baixa fertilidade. Além disso, o manejo desta invasora tem se tornado complexo devido a relatos frequentes de baixa eficiência do glifosato em seu controle, indicando uma tolerância natural ou desenvolvimento de resistência, o que exige do produtor estratégias de monitoramento constante e manejo integrado.
Ciclo e Porte: Apresenta porte herbáceo (não lenhoso) e um ciclo de vida que pode ser anual ou perene, o que aumenta sua persistência no campo de uma safra para outra.
Morfologia do Caule: Possui caule bastante ramificado, podendo apresentar hábito de crescimento tanto ereto quanto semiprostrado (rasteiro), atingindo até 80 centímetros de altura.
Sistema Radicular: Conta com uma raiz pivotante (principal) que cresce profundamente no solo, conferindo resistência à seca e dificultando o arranquio mecânico.
Folhas: As folhas são simples, lisas e de formato linear-lanceolado (alongadas), inseridas no mesmo nó ao redor do caule.
Inflorescência: A característica visual mais marcante são suas flores brancas aglomeradas em formato de pequenos globos (glomérulos), situadas nas axilas das folhas e nas pontas dos ramos.
Dificuldade de Controle Químico: A espécie tem demonstrado tolerância a herbicidas comuns, como o glifosato, exigindo a rotação de princípios ativos e mecanismos de ação para um controle efetivo.
Momento Ideal de Manejo: A eficiência do controle é significativamente maior quando realizada nos estágios iniciais de desenvolvimento da planta; indivíduos adultos e perenizados são extremamente difíceis de eliminar.
Impacto na Produtividade: A planta exerce forte competição por água, luz, espaço e nutrientes, interferindo diretamente no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das culturas comerciais.
Detalhe de Identificação: Para confirmar a espécie no campo, observe se a inflorescência terminal (na ponta do ramo) está assentada sobre brácteas (folhas modificadas) que ficam pendentes.
Indicador de Solo: Sua presença vigorosa pode indicar solos com problemas de acidez ou baixa fertilidade, já que a espécie é rústica e coloniza facilmente áreas degradadas.
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